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22% das estudantes do Reino Unido sofrem com a pobreza menstrual, diz pesquisa da Essity

O estudo foi realizado com 2.500 pais de meninas que menstruam, com idade entre 8 e 18 anos

De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa global de saúde e higiene Essity, cerca de 22% das estudantes do Reino Unido lutam para ter acesso à proteção básica durante o período menstrual. O estudo foi realizado com 2.500 pais de meninas que menstruam, com idades entre oito e 18 anos, que disseram nem sempre conseguir suprir as necessidades das filhas durante a menstruação.

Dos entrevistados, até 34% afirmam que a filha foi para a escola sem os materiais necessários, enquanto 14% tiraram folga para evitar qualquer constrangimento. Isso equivale a 108 horas de aulas perdidas para cada criança afetada com idades entre 12 e 18 anos.

Entre as jovens que conseguem ir à escola no período menstrual, 19% dependem da disponibilidade de itens gratuitos, como absorventes externos  e internos, mas 29% disseram que a escola que seus filhos frequentam muitas vezes não oferecem proteção menstrual.

Além de toalhas, absorventes externos e internos, 21% dos entrevistados disseram que, às vezes, não têm dinheiro para comprar papel higiênico em casa e outros 44% afirmaram que suas filhas frequentemente relatam a falta de papel higiênico na escola.

Nesse contexto, a Essity está trabalhando em parceria com a Tesco e a instituição de caridade In Kind Direct na sua campanha de pobreza higiênica, que doará produtos essenciais de higiene, incluindo absorventes menstruais da sua marca Bodyform a instituições de caridade em todo o Reino Unido.

“Embora muitos de nós estejamos sentindo o aperto no momento, a maioria ainda tem a sorte de poder comprar produtos de higiene essenciais todos os dias”, disse Gareth Lucy, diretor de Comunicações do Reino Unido e ROI da Essity. “A In Kind Direct reuniu alguns dos maiores fabricantes de produtos de higiene do mundo ao lado da Tesco, que juntos doarão mais de um milhão de itens essenciais para instituições de caridade”, acrescentou.

“Ouvimos histórias comoventes de nossa rede de caridade semanalmente sobre famílias que usam meias enroladas como absorventes menstruais, pois não têm dinheiro para comprar esses itens porque os orçamentos estão tão apertados”, afirmou Rosanne Gray, CEO da In Kind Direct. “É por isso que estamos trabalhando com nossa parceira de longa data, Essity, para ajudar a colocar produtos essenciais para o período menstrual nas mãos de pessoas que precisam deles”, complementou.

A pesquisa revelou que 26% das estudantes já tiveram que improvisar e usar alternativas à proteção menstrual. 84% das meninas já utilizaram papel higiênico ao invés de absorventes, 24% usaram papel de cozinha e 21% optaram por se lavar com mais frequência.

Além disso, 20% das meninas afirmaram que tiveram que usar guardanapos, outras 19% trocaram de roupa e 18% dobraram a roupa íntima. Dos pais que não têm condições de comprar produtos para higiene menstrual, 45% já pediram ajuda à família e amigos.

De todos os entrevistados, apenas 73% dos pais afirmaram que sempre podem fornecer absorventes higiênicos para suas filhas durante o período menstrual.

Em todo o país, as pessoas que vivem em Birmingham, Liverpool, Londres e Manchester são as que apresentam piores resultados no que diz respeito ao acesso à proteção menstrual, com 25%, respetivamente, a ter dificuldades. Também experimentaram períodos de pobreza menstrual em algum momento, 23% das crianças que vivem em Leeds, 21% em Sheffield e 16% em Leicester.

Embora muitas famílias tenham condições de proporcionar o básico a suas filhas, mesmo aqueles que podem pagar a proteção mensal – 23% a – conhecem outras que não podem. Dos que sabiam das dificuldades das amigas de seus filhos (as), 87% deram-lhes absorventes porque não tinham dinheiro para os comprar. Enquanto 42% deles entraram em contato com a escola da criança para aumentar a consciencialização sobre a situação.

“É imperdoável que em 2023 tenhamos meninas que faltam à escola e, portanto, perdendo a educação essencial porque não conseguem ter acesso à proteção necessária durante o período menstrual”, relatou o diretor da Essity. “Temos doado 1,2 milhão de absorventes por ano desde 2017, mas o problema está piorando e é preciso fazer mais”, completou.

Fonte
Mirror UK
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