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Veracel inova em método de controle biológico

Objetivo é realizar o manejo das lagartas desfolhadoras, importantes pragas das plantações de eucalipto, matéria-prima para a produção de celulose

A Veracel Celulose, indústria de celulose localizada na região da Costa do Descobrimento, no Sul da Bahia, tem utilizado métodos de controle complementares para realizar o manejo das lagartas desfolhadoras, importantes pragas das plantações de eucalipto, matéria-prima para a produção de celulose.

Um deles é o controle biológico, realizado por meio da liberação de inimigos naturais que parasitam ou predam essas pragas, contribuindo para o sucesso do manejo.

Para a criação desses insetos em suas instalações, a Veracel investiu em pesquisas, capacitação profissional e na estruturação de um laboratório com temperatura e luminosidade controladas.

São produzidos dois inimigos naturais: o Palmistichus elaeisis, que é um parasitoide, e o Podisus nigrispinus, um predador.

No laboratório, é feita a criação e o monitoramento desses insetos, desde o nascimento até o preparo para a soltura em campo. A soltura é realizada em áreas onde foram identificadas ocorrências de lagartas desfolhadoras.

CICLO DE VIDA

Dentro do ciclo de vida, a lagarta passa por várias fases: as larvas nascem de ovos e vão desenvolvendo até a fase de pupa, que mais tarde se transformam em mariposas, e elas realizam, por sua vez, a postura de ovos novamente.

Cada mariposa pode colocar entre 700 e 1.200 ovos, e cada um dará origem a uma lagarta, que pode colocar entre 700 e 1.200 novos ovos, dando continuidade ao ciclo.

O dano da lagarta começa com uma raspagem das folhas e, à medida que ela vai se desenvolvendo, tem início o corte, podendo causar intensa desfolha nos plantios. Esse fator reduz, significativamente, o crescimento das florestas e compromete a sustentabilidade do negócio.

“Cada ferramenta do manejo das lagartas desfolhadoras atua em uma fase específica de sua vida. O defensivo biológico age apenas na fase de larva. Para a fase de mariposa, são utilizadas armadilhas luminosas. E, na fase intermediária, a de pupa, podem ser usados os inimigos naturais, como o parasitoide Palmistichus elaeisis e o predador Podisus nigrispinus”, diz Rafael Tibúrcio, especialista em Sanidade Florestal da Veracel Celulose.

Palmistichus elaeisis, a praga
Palmistichus elaeisis, a praga (Divulgação/Veracel)

Esse método para o controle de lagartas desfolhadoras é um exemplo de manejo racional de pragas e uma alternativa ambientalmente adequada e bastante eficaz. Todas as etapas do processo necessitam de produtos, sistemas e soluções diferentes.

Até 2019, os inimigos naturais eram liberados manualmente nas áreas de ocorrência. Recentemente, a Veracel inovou no processo com o uso de drones que distribuem os insetos em maior escala e com mais rapidez. A liberação é feita dentro de embalagens de baixo custo, que proporcionam conforto térmico para os inimigos naturais e são 100% biodegradáveis.

O uso de drones auxilia na distribuição dos insetos em maior escala e com mais rapidez
O uso de drones auxilia na distribuição dos insetos em maior escala e com mais rapidez (Divulgação)

“Até o ano passado, nossos monitores entravam nas áreas andando e liberavam os inimigos naturais na plantação atingindo um rendimento médio de cinco hectares por hora. A ideia de automação surgiu de um dos nossos colaboradores, chamado Marlon Moreira, analista da área de Sanidade Florestal, que iniciou com um protótipo simples e foi implementando melhorias até a versão atual. Hoje, com a distribuição feita por drones, o rendimento médio chega a atingir 31 hectares por hora, sendo quase seis vezes mais rápido”, afirma Tibúrcio.

“Já temos expertise no manejo das lagartas desfolhadoras. Agora, como próximos passos, estamos buscando cada vez mais inovação para esse processo já iniciado. Dessa maneira, oficializamos o pioneirismo e a referência no assunto”, finaliza.

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