Softys doa 166 mil absorventes para comunidades carentes de São Paulo
Ação foi realizada em parceria com a CUFA e a União Popular de Mulheres do Campo Limpo
A pobreza menstrual ainda é uma condição que impacta a vida de cerca de 713 mil meninas brasileiras, de acordo com dados do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Para ajudar a combater essa realidade, a Softys, líder na América Latina na produção de tissue, se uniu à indústria química alemã BASF para doar cerca de 166 mil absorventes higiênicos Ladysoft.
Foram feitas duas entregas junto a entidades locais: uma à UPM (União Popular de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências) e outra, em um evento realizado em parceria com a CUFA (Central Única das Favelas) em Heliópolis, a maior favela de São Paulo, que tem cerca de 200 mil habitantes.
“A pobreza menstrual é um problema social que vai muito além da falta do absorvente íntimo. A ONU estima que uma a cada dez meninas falte a escola durante a menstruação por falta de absorvente – muitas chegam a utilizar o papel higiênico para substituir o absorvente. Esse é um problema que engloba vários fatores e a Softys – como empresa que tem o propósito de cuidar das pessoas – está empenhada em apoiar soluções para esta situação”, explica Quézia Matos, gestora de ESG da Softys Brasil.
A ação beneficiou, ao todo, mais de 5 mil pessoas por meio de um trabalho conjunto: a BASF disponibilizou 2,2 toneladas de polímero superabsorvente, matéria-prima para a Softys produzir 5.184 pacotes com 32 absorventes em cada embalagem. No total, foram doadas 165.888 unidades de Ladysoft, marca de absorvente da Softys.
Para a UPM, a Softys e a BASF destinaram 60 fardos de produtos, com 1.425 pacotes de absorventes, na última quinta-feira, 15. Já em Heliópolis, a entrega de 157 fardos, com 3.759 pacotes, foi realizada no sábado, 17. A ação contou com a presença de voluntários das duas empresas.
A iniciativa também teve apoio do ator Alexandre Borges, embaixador da CUFA. “Conheço o trabalho da CUFA. E é uma honra estar em mais essa, contribuindo com o conforto e bem-estar dessas jovens de Heliópolis e outras favelas de São Paulo”, destacou.
“A CUFA sempre se coloca ao lado das pessoas que mais necessitam. E é um absurdo que tantas jovens tenham dificuldade de ter acesso a esse item tão necessário para a sua intimidade. Portanto, queremos agradecer à Softys e à BASF por estarem com a gente, nessa ação que vai ajudar milhares de jovens de favela”, disse Marcivan Barreto, presidente da CUFA São Paulo.
A doação faz parte do Softys Contigo, projeto de investimento social lançado em abril deste ano que possui três frentes de trabalho: Água e Saneamento, Educação em Higiene e Ajuda Oportuna. Essa ação integra o pilar Ajuda Oportuna, que tem a doação de produtos para comunidades carentes entre suas iniciativas, e também ativa o princípio de Educação em Higiene, já que, por meio de suas marcas, a companhia reforça o seu propósito de cuidado com ações sociais concretas e mensuráveis.
POBREZA MENSTRUAL
Pobreza menstrual é o termo usado quando pessoas que menstruam não têm acesso a produtos e itens básicos de higiene, como água e absorventes limpos. Essa situação se agravou para as mulheres na América Latina com a pandemia de Covid-19, levando os índices a níveis inéditos em uma década.
Segundo o estudo Pobreza Menstrual no Brasil, produzido pelo UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e Unicef, 713 mil mulheres que menstruam no país vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Destas, 200 mil estão totalmente privadas de condições mínimas para cuidar da menstruação no ambiente escolar.