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Os percentuais não se referem apenas ao contrato de comercialização firmado com a Fibria, mas também aos volumes remanescentes vendidos diretamente pela Klabin.
A fábrica na cidade de Ortigueira produzirá 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta e 400 mil toneladas de fibra longa, parte convertida em fluff. O contrato com a Fibria prevê o fornecimento de pelo menos 900 mil toneladas de fibra curta para ser comercializada pela parceira fora da América do Sul, sendo que o volume adicional vendido pela Klabin pode ser direcionado para a América Latina e o de fibra longa e fluff para o mercado global.
Do volume de 2016 que a Klabin disse nesta quinta-feira já ter sido vendido, o grosso foi comercializado no Brasil, tanto para a fibra curta quanto para o fluff e a fibra longa, de acordo com Schvartsman.
“O contrato com a Fibria obviamente ajudou no volume de fibra curta… (isso) garante que a gente possa resistir a qualquer tipo de pressão de (clientes por) desconto”, afirmou em teleconferência com analistas para comentar o resultado do quarto trimestre.
No mercado global, compradores chineses têm recentemente pressionado o setor por preços inferiores. Para a Fibria, o movimento tem ocorrido em meio ao uso de estoques dos chineses, e por isso não encontra sustentação no mercado, com a demanda se mantendo boa. Além disso, a maior oferta por conta da adição de capacidade de produção por fabricantes como a própria Klabin tem influenciado o movimento.
Na avaliação de Schvartsman, os preços já sofreram os ajustes necessários, uma vez que a Klabin já vendeu os volumes que entrariam no mercado em 2016. “Já pressionamos o mercado. Existem razões para acreditar que o preço tem tendência à estabilidade”, afirmou.
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