Em participação no webinar “Sustentabilidade das empresas no período pós-pandemia”, realizado pelo jornal digital Poder360, o presidente da Suzano, Walter Schalka, falou ontem, 9, que a companhia foi a primeira nas Américas a realizar um “sustainability-linked bond”.
A reabertura do bônus, para 2031, denominado em dólar, foi concluída em novembro passado e, por meio dela, a Suzano captou US$ 500 milhões. A taxa foi a menor já paga por uma empresa brasileira para um papel internacional de dez anos, de 3,10%. Em setembro, na emissão original desse papel, a Suzano havia levantado US$ 750 milhões, com yield de 3,9%.
O título é ligado à melhora do desempenho ESG (sigla em inglês para questões ambientais, social e de governança) da organização. Caso a fabricante de celulose não cumpra as metas assumidas no escopo da emissão, as taxas de juros sobem.
“Se não atingirmos aquelas metas ambientais, vamos pagar uma taxa de juros superior. Estamos colocando a nossa pele em jogo. Não é só anunciar um compromisso. Se não cumpri-lo vamos ter um custo maior de taxa de juro. É uma possibilidade de conseguirmos taxas de juros menores e que pode se ampliar para todas as empresas”, afirmou Walter Schalka.