Consumo doméstico de tissue cresce na Europa
Houve aumento de 1,9% nas vendas em comparação com 2019,apesar das medidas de isolamento
Apesar da recessão econômica e das restrições sanitárias em virtude da pandemia de Covid-19 na Europa, o consumo de papel tissue cresceu no ano passado. A procura doméstica por papéis tissue foi relativamente positiva, com um aumento de 1,9% nas vendas em comparação com 2019,mesmo com as medidas de isolamento que afetaram o segmento profissional.
As informações são da Confederação Europeia das Indústrias de Papel (Cepi), da qual a Celpa (Associação da Indústria Papeleira) é associada. Os dados apontam que a busca por tissue, bem como de outros produtos de higiene, cresceram por ser essenciais aos cidadãos e oferecer proteção e segurança, sobretudo para o cumprimento das recomendações da Organização Mundial de Saúde e das autoridades nacionais.
Outro segmento beneficiado foi o de papel para embalagem, beneficiado pelo forte crescimento do comércio eletrônico, também em virtude das medidas de isolamento.Estima-se que a produção de caixas de papel ondulado, usadas para o transporte de produtos como medicamentos e alimentos, tenha crescido 2,1% em relação a 2019. Esse avanço “demonstra o aumento da sensibilidade por parte dos clientes por materiais recicláveis. Os produtos de papel e cartão têm vindo progressivamente para substituir materiais como os plásticos”, afirmou a Celpa, em nota.
No entanto, levando-se em conta o mercado de forma geral, o consumo de papel ondulado sofreu uma redução de 6,6%, e sua produção recuou 5%.
A maioria das fábricas do setor papeleiro manteve sua produção sem interrupções, ainda que algumas unidades tenham reduzido as operações devido à menor procura. “A prioridade da indústria europeia da celulose e do papel, no ano passado, foi a de garantir que todos os cidadãos europeus pudessem ter acesso aos produtos que necessitam, sejam produtos de higiene, de saúde ou alimentares. Trabalhamos intensamente com outros setores, ao longo da cadeia de valor, para assegurar a segurança na entrega de bens aos cidadãos. Os dados da nossa indústria mostram que a crise e os períodos de confinamento aceleraram mudanças nos padrões de consumo. São mudanças que vão ter impactos profundos nos mercados”, comenta Jori Ringman, diretor-geral da Cepi.