A Suzano finalizou o primeiro trimestre de 2022 registrando um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões, apesar das paradas para manutenção em suas fábricas no começo do ano. No primeiro trimestre de 2021, a companhia reportou um prejuízo de R$ 2,8 bilhões.
Entre janeiro e março, a receita líquida da empresa somou R$ 9,7 bilhões, um aumento de 10% frente ao ano passado, em razão dos sucessivos aumentos do preço da celulose. Em relação ao quarto trimestre de 2021, houve queda de 15%, por conta do menor volume de vendas e valorização do real.
As vendas de celulose totalizaram 2,38 milhões de toneladas, com queda de 10% na comparação anual e de 13% ante o trimestre anterior. Já as vendas de papéis totalizaram 312 mil toneladas, avançando 7% em relação ao mesmo período no ano passado e recuando 16% frente ao último trimestre de 2021.
A companhia registrou um Ebitda ajustado de R$ 5,1 bilhões, alta de 5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A geração de caixa operacional totalizou R$ 3,9 bilhões, estável em igual base de comparação.
No final do primeiro trimestre, o endividamento da companhia continua em patamares considerados adequados. A alavancagem ficou em 2,4 vezes em dólar, estável em relação ao final de 2021 e inferior às 3,8 vezes registradas ao final do primeiro trimestre de 2021.
RECOMPRA DE AÇÕES
Após resultado positivo no primeiro trimestre, a companhia anunciou um programa de recompra de até 20 milhões de ações, com prazo de 18 meses, que, no preço atual, totalizariam R$ 1 bilhão.
De acordo com o diretor de finanças, Marcelo Bacci, a Suzano lançará mão da recompra quando entender que a cotação de suas ações está dentro do valor considerado razoável. A companhia, no entanto, não fornece indicação de qual seria esse nível.