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Setor de embalagens segue em alta e deve crescer 8% neste ano

O segmento é impulsionado pela robusta demanda por caixas e sacolas de papel e papelão e a força das vendas on-line

Impulsionado pelo boom do e-commerce desde o início da pandemia, há um ano e meio, o segmento de embalagens, considerado historicamente um termômetro de consumo, continua em alta.

A robusta demanda por caixas e sacolas de papel e papelão, bem como a força das vendas on-line, mesmo diante da liberação das atividades presenciais do comércio nos últimos meses, mantêm o impacto na indústria papeleira.

Em Minas Gerais, por exemplo, o setor deve crescer cerca de 8% neste ano, após a retração média de 2,5% no faturamento do ano passado em relação a 2019.

Em 2020, no auge dos recordes de pedidos, o segmento de papel, celulose e papelão enfrentou a falta de insumos para produção. À época, iniciou-se uma foi corrida desenfreada por materiais, que culminou no aumento dos preços dos produtos e das embalagens. Além disso, a escalada do dólar também afetou o mercado.

Passado um ano, em agosto, a situação é mais favorável, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel e Papelão no Estado de Minas Gerais (Sinpapel), Antônio Eduardo Baggio. Ele afirma que já é possível observar uma acomodação do segmento, a partir, principalmente, do aumento de produção por parte das indústrias e também pela maior oferta de produtos no mercado nacional.

“Existe uma tendência de normalização. Os níveis dos preços seguem elevados com leve tendência de caírem a partir da regularização da oferta. No ano passado, no auge do desabastecimento, muitos compraram para formar estoque e agora estão comprando menos. É a lei de oferta e procura, que tende a se equilibrar”, comenta.

Assim, ainda que os custos tenham aumentado muito – em alguns casos, chegando a 80% – os grandes produtores de celulose, papel e papelão recuperaram a lucratividade que vinham perdendo nos últimos anos, recompondo suas margens.

Baggio também ressalta que houve uma migração no mercado. “O mercado mudou de lugar. Nos últimos tempos, houve grande migração do plástico para o papel, o que ajudou a incrementar o setor, por meio da demanda por embalagens, principalmente porque agora, além da demanda do e-commerce e do delivery, há as de lojas físicas também”, conclui.

Fonte
Diário do Comércio
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