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Preço da celulose tem nova queda

De acordo com o Itaú BBA, os fundamentos do mercado pioraram em maio

Nesta semana, os preços da celulose de fibra curta e de fibra longa sofreram uma queda importante na China. Os fundamentos do mercado também pioraram em maio, mas o risco de mais desvalorização parece estar limitado pelas já pressionadas margens dos produtores de alto custo, segundo avaliação do Itaú BBA.

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No mercado chinês, a queda da cotação da fibra curta foi de cerca de US$ 2,60, para US$ 466 a tonelada (preço líquido), enquanto na Europa, os preços ficaram estáveis, de acordo com os índices da Fastmarkets Foex.

Em relatório dessa terça-feira, 9, os analistas Daniel Sasson, Ricardo Monegaglia, Edgard Pinto de Souza e Barbara Angerstein citaram dados da consultoria Hawkins Wright, que indicam os preços dos dois tipos de celulose recuaram entre US$ 10 a US$ 30 por tonelada na China em maio e que as negociações em torno de reajustes anunciados foram prejudicadas pelo enfraquecimento da demanda de papéis de imprimir e escrever e queda dos preços de papéis.

“Além disso, a oferta de celulose permaneceu abundante, recuperando-se das paradas vistas no primeiro trimestre”, disseram os analistas, acrescentando que o spread (diferença de preços) de US$ 105 por tonelada entre a fibra curta e a fibra longa, superior à média histórica de US$ 80 por tonelada, deve seguir favorecendo a substituição da fibra longa pela fibra curta.

Já do lado da oferta, as fábricas de celulose voltaram a rodar em níveis praticamente normais e a oferta de fibra no mercado global está maior, diante do retorno das operações que haviam sido afetadas por medidas de isolamento social, da postergação de paradas programadas para o segundo semestre, da disponibilidade para venda da matéria-prima que estava integrada à produção de papel e da conversão de linhas de celulose solúvel.

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Os analistas avaliam que esse ambiente pode ampliar o desequilíbrio entre oferta e demanda durante a temporada de verão na Europa. O Itaú BBA tem recomendação de compra (“outperform”) para Suzano e CMPC e neutra (“market perform”) para Klabin e Copec.

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