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P&G se torna articuladora do Projeto #RacismoZero

O programa é uma iniciativa da Universidade Zumbi dos Palmares para combater o racismo em ambientes de consumo

Na última terça, 24, a Procter & Gamble Brasil realizou um evento em que anunciou sua participação no Projeto #RacismoZero, idealizado e desenvolvido pela Universidade Zumbi dos Palmares como forma de desconstruir e eliminar as manifestações de ódio e intolerância racial dentro dos ambientes de consumo.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva revelou que 71% da população negra (pretos e pardos) afirma ter visto pessoas negras sendo discriminadas em estabelecimentos comerciais como lojas, shoppings e supermercados; enquanto 69% das pessoas negras entrevistadas já foram seguidas por seguranças em lojas. Ao tratar somente de pessoas pretas, o número sobe para 76%.

De acordo com o Procon – órgão de defesa e proteção do consumidor no Brasil – 65% das pessoas autodeclaradas pretas afirmam já ter sofrido discriminação.

“Essa é uma jornada necessária, com impactos significativos para toda a sociedade e, também, para a cadeia de negócios. Afinal de contas, o propósito é tão importante quanto o serviço. Então, queremos, em breve, ver a transformação para que todos possam ser livres para viver seguramente em qualquer lugar”, declara André Felicíssimo, presidente da P&G Brasil.

A atuação do programa #RacismoZero se dá a partir do entendimento de que o racismo estrutural está presente na sociedade brasileira e, por isso, faz-se necessária a oferta de ferramentas para que cada indivíduo seja capaz de entender para agir.

“O #RacismoZero é uma construção conjunta, uma condição a ser alcançada e que demanda a adesão de todos. E como isso é possível? Primeiro, é necessário reconhecer que o racismo existe e faz parte da nossa cultura, da nossa linguagem, moldando ações que agridem a pessoa preta ou parda em sua dignidade, em sua identidade. Dado o primeiro passo, é preciso agir, e não apenas para corrigir a sua própria maneira de pensar, mas também não aceitando a postura racista de quem quer que seja. Essa é a mudança que o programa busca inserir na sociedade brasileira: o despertar da atitude antirracista”, explica José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares.

PILARES DO PROJETO

Com o objetivo de combater o racismo no varejo e no setor de serviços, a ação se baseia em três pilares: “seja antirracista”, “ofereça ambientes seguros” e “acolha as vítimas”.

O #RacismoZero atua para qualificar, identificar e promover ambientes seguros – empresas e estabelecimentos que colocam o respeito à diversidade étnico-racial como base de sua política de relacionamento – e ainda oferece acolhimento às vítimas por meio do “acolhe.black”. A plataforma é o primeiro canal de acolhimento psicossocial e de assistência jurídica para vítimas de racismo.

Articulado pela multinacional de bens de consumo, o programa também passa a integrar o P&G Racial 360º, que promove iniciativas focadas na geração de mudanças reais e duradouras para combater o racismo estrutural presente no país, focando em quatro frentes: as marcas por meio da representatividade e campanhas, os colaboradores com a ação de recrutamento e de educação, como o P&G para Você, a comunidade por meio de doações e o recente Projeto Cria da Quebrada.

Para saber mais sobre as iniciativas da companhia, acesse os sites: #RacismoZero e P&G Racial 360º.

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