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Navigator tem lucro de 49,3 milhões de euros no primeiro trimestre

Negócio de Papel Tissue da companhia já é equivalente 8% das vendas

Os lucros da Navigator recuaram para 49,3 milhões de euros, valor que compara com os 53,3 milhões registados nos primeiros três meses de 2018, apesar do impacto positivo da venda do negócio de pellets. A variação homóloga do resultado líquido foi de -7,5%, divulgou a papeleira através de um comunicado emitido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Durante o primeiro trimestre do ano, o volume de negócios aumentou em todos os segmentos para 421,8 milhões de euros, o que reflete um aumento de 9,6% em termos homólogos. Com vendas de 300 milhões, o segmento de papel representou 71% do volume de negócios, enquanto a energia representou 11%, a pasta mais de 9% e, finalmente, o negócio de tissue cerca de 8%.

Com o negócio de tissue a representar já cerca de 33 milhões de euros das vendas, verificou-se um crescimento de 75% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Além disso, também o volume vendido aumentou 76%, para 23,7 mil toneladas, “resultado do arranque da nova fábrica de tissue de Aveiro”, refere a empresa.

“Este crescimento em volume traduz duas evoluções de negócio diferenciadas. Por um lado, as vendas de produto acabado cresceram cerca de 37% para 17,6 mil toneladas e, por outro, o Grupo registou um forte aumento nas vendas de bobines, para 6,1 mil toneladas, que praticamente não existiu o ano passado”, revela a Navigator em comunicado.

Já o EBITDA situou-se em 104,9 milhões de euros, valor que compara com o EBITDA recorrente de 101,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, excluindo o impacto positivo de 9,4 milhões relativo à venda do negócios de pellets nos Estados Unidos da América (EUA).

No final de março de 2019, a dívida líquida da The Navigator Company era de 676,9 milhões de euros, mais 118,2 milhões do que em março de 2018. Já o investimento totalizou 32,5 milhões de euros, mais 3,9 milhões do que no mesmo período do ano anterior. A empresa salienta, ainda, que decidiu “empreender um processo de restruturação do endividamento, diversificando fontes de financiamento e estendendo a maturidade da dívida”.

Em matéria de custos, a empresa destaca o agravamento dos custos de energia em cerca de 11,6 milhões de euros, motivado pelo aumento do preço da aquisição de eletricidade e gás natural, bem como da aquisição de madeira. Este custo relativo à madeira é justificado com o “aumento do peso da madeira certificada na madeira nacional adquirida, que passou de 34% para 49% no total” e, também, com o “aumento do preço de woodchips no mercado internacional e variação da taxa de câmbio”.

A papeleira revela, também, no mesmo comunicado, que a assembleia geral aprovou o pagamento 200 milhões de euros em dividendos, o equivalente a 0,27 euros por ação, bem como a participação dos trabalhadores nos lucros de 2018 de um montante até 23 milhões de euros.

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