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Mudança nos hábitos de higiene deve beneficiar o negócio de tissue

De acordo com o presidente do grupo chileno CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, a pandemia afetou o ritmo de vários setores e terá reflexos nos hábitos de consumo

A maior consciência quanto aos hábitos de higiene, em decorrência da pandemia de Covid-19, deve abrir oportunidades positivas para o negócio de papéis tissue, na avaliação do presidente do grupo chileno CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, que participou da conferência latino-americana promovida pela Fastmarkets Risi. Francisco também defendeu que a maior digitalização será benéfica para o segmento de embalagens.

De acordo com o executivo, a pandemia afetou o ritmo de vários setores e terá reflexos nos hábitos de consumo. Assim, a crise deve impactar nos tipos de investimento que serão executados pela indústria.

Para ele, apesar de a pandemia ter trazido boas oportunidades para a indústria de celulose e papel, ela teve pontos negativos, como a diminuição de até 16% no consumo de papéis de imprimir e escrever em grandes mercados no ápice da crise. “Vimos uma queda provavelmente permanente no mercado de imprimir e escrever. A pandemia acelerou o processo que talvez fosse ocorrer em três, quatro anos ou mais. Em seis meses, vimos uma redução de demanda impressionante”, afirmou.

Em sua visão, “o grande desafio agora é tirar lições, e buscar as novas oportunidades, tentando ser parte desse novo mundo”, observou, afirmando que a CMPC não suspendeu nenhum projeto, mas decidiu adiar determinados investimentos até que o cenário econômico esteja mais claro. Os planos de longo prazo, no entanto, permanecem intactos.

Com relação aos preços da celulose, Ruiz-Tagle defendeu que as condições gerais de mercado vistas no primeiro semestre podem ser comparadas às do primeiro semestre de 2019, o que ele vê de forma positiva. Hoje, acrescenta que o nível dos estoques é mais baixo, em especial, o de fibra curta, fato que indica que a demanda melhorou.

“É difícil prever como serão os próximos meses. Com a postergação de paradas para o segundo semestre, provavelmente, haverá oferta menor e oportunidades de mercado para os produtores”, encerra.

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