O faturamento da Celulose Nipo Brasileira S/A (Cenibra), situada no Leste de Minas Gerais – Belo Oriente, com atuação em 54 municípios no entorno –, deve ser “mais ou menos igual ao do ano passado, de R$ 1,5 bilhão, de acordo com o diretor-presidente da empresa, Paulo Eduardo Rocha Brant. “Estamos no limite da capacidade, 100%”, justificou o executivo, que está tentando viabilizar uma expansão da terceira maior empresa do país nesse setor.
Uma das 24 personalidades homenageadas durante o Conexão Empresarial, realizado pela VB Comunicação em Araxá, Brant contou que a expansão da Cenibra na área de celulose não pode ser aumentada em 10%. “Tem que dobrar, e é um investimento de US$ 2 bilhões”, disse. Mas o aporte ainda não foi decidido. “Estamos conversando, seria ali na região (de Belo Oriente)”, contou.
Brant explicou que está discutindo projetos de expansão para o complexo industrial e florestal da Cenibra, mas não tem nada ainda. “Japonês é muito cuidadoso. Eles ficam um pouco assustados com o Brasil, porque aqui o ambiente institucional não está muito bom”, informou Brant, referindo-se ao estado de espírito dos acionistas. O executivo lembrou que até falou uma vez com o ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel “que o Brasil não é o único país para investimento estrangeiro, eles ficam olhando Brasil, Nova Zelândia, Austrália, Equador”.
E como está a Cenibra neste ano? “Está bem. Nós vendemos mais para o mercado externo”, respondeu Brant. E o mercado lá fora está bom? “Razoável, razoável. Está um pouco pior do que no ano passado, por causa da China”. E emenda: “Não está ruim não, mas um pouquinho pior do que no ano passado”, reclamou.
Há 41 anos no mercado, a Cenibra maneja uma área de 254 mil hectares, sendo 51% de plantio de eucalipto; 41% de área de Preservação Permanente e Floresta Nativa; e o restante em áreas destinadas para infraestrutura e outros. Tudo na região de Belo Oriente. “Não pode ficar muito longe, porque, senão, o transporte fica caro. É tudo numa área máxima de 100 km no entorno”, informou.
Com 95% do produto exportado para os principais mercados e só 5% para o mercado interno, a Cenibra está produzindo 1,2 milhão de toneladas de celulose por ano.
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