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Klabin mais que dobra lucro no 1º trimestre

Somando R$ 984,3 milhões de lucro líquido, a alta foi de 165% comparada ao mesmo período no ano anterior e 10% frente ao último trimestre de 2021

Graças aos aumentos de preços em todos os seus negócios nos últimos trimestres, a Klabin conseguiu mais que dobrar os lucros líquidos do primeiro trimestre de 2022, compensando a alta dos custos. Alcançando R$ 984,3 milhões, a alta foi de 165% comparada ao mesmo período no ano anterior e 10% frente ao último trimestre de 2021.

Outra contribuição para o resultado obtido pela empresa foi a redução das despesas financeiras líquidas em 62%, para R$ 77,3 milhões, também por conta do efeito positivo da variação cambial na dívida em moeda estrangeira.

De janeiro a março, a receita líquida da companhia totalizou R$ 4,4 bilhões, um avanço de 28% na comparação anual. No entanto, em relação ao quarto trimestre de 2021 houve queda de 3%, reflexo do menor volume de vendas de celulose e embalagens de papelão ondulado.

Até março deste ano, foram 900 mil toneladas de celulose, papéis e embalagens comercializadas pela Klabin, recuo de 1% comparado ao mesmo período no ano passado e alta de 8% frente ao trimestre anterior.

O Ebitda da companhia avançou 35% na comparação anual, mas teve queda de 8% na comparação com o quarto trimestre de 2021.

Já o fluxo de caixa livre da companhia ficou negativo em R$ 689 milhões entre janeiro e março, comparado aos R$ 283 milhões negativos no ano anterior, no mesmo período. O resultado reflete o maior desembolso com imposto de renda e contribuição social, além da variação negativa de R$ 549 milhões do capital de giro, em meio ao aumento dos estoques com os gargalos logísticos. Sem considerar dividendos e projetos de expansão, o fluxo de caixa livre ajustado foi positivo em R$ 393 milhões.

Em março, a dívida líquida da Klabin estava em R$ 17,89 bilhões, baixa de 14% em três meses, com alavancagem financeira em reais de 2,4 vezes, recuo de 0,6 vez.

SEGMENTO

O negócio de papéis da Klabin foi destaque positivo no primeiro trimestre, beneficiado pela demanda aquecida, reajustes de preço e a estratégia de elevar a exportação de kraftliner, sendo favorecido pelos preços do mercado internacional, e diminuir sua conversão em embalagens frente à acomodação da procura por papelão ondulado no país.

A receita entre janeiro e março com papéis totalizou R$ 1,55 bilhão, alta de 62% na comparação anual e de 8% ante o quarto trimestre de 2021. Comparado aos três últimos meses de 2021, o preço líquido dos papéis vendidos pela Klabin subiu 11%, a R$ 4.918 por tonelada. Em relação primeiro trimestre de 2021, o aumento foi de 31%.

Segundo a companhia, em cartões revestidos a demanda seguiu suportada pela substituição do plástico por materiais mais sustentáveis nas embalagens, principalmente no mercado externo. Houve queda de demanda com o avanço da inflação no mercado doméstico em geral nos dois primeiros meses do ano.

Já em kraftliner e reciclados, o aumento das exportações e reajustes de preço nos últimos trimestres, além do volume adicional de Eukaliner, com o início de operação da máquina 27 em 2021, levaram a receita a mais que dobrar na comparação anual, para R$ 688 milhões.

PRODUÇÃO

A parada geral programada para manutenção da unidade Puma I, em Ortigueira, PR, refletiu na redução de 14% na produção da fibra, na comparação anual, para 356 mil toneladas. Com isso, as vendas de celulose recuaram 11%, para 334 mil toneladas. As receitas, no entanto, avançaram 14% na mesma comparação, para R$ 1,36 bilhão.

O custo caixa de produção de celulose saltou 66% no trimestre contra o mesmo período no ano anterior, chegando a R$ 1.291 por tonelada. Segundo a Klabin, a forte valorização das commodities, com efeito nos preços de combustíveis e químicos e maior consumo de madeira de terceiros impulsionaram o aumento nessa conta.

Já o custo dos produtos vendidos da companhia (CPV) alcançou R$ 2,09 bilhões, alta de 20% frente o primeiro trimestre de 2021, refletindo o maior custo caixa de produção de celulose, aumento dos custos com combustíveis e químicos e frete mais caro.

Fonte
Valor Econômico
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