Kimberly-Clark lança programa com vagas de emprego exclusivas para mães
Por meio da iniciativa “Working Moms”, a companhia quer contribuir para reinserir as mulheres que são mães no mercado de trabalho
A multinacional de bens de consumo Kimberly-Clark está lançando um programa para reinserir mães no mercado de trabalho. Chamada de “Working Moms”, a iniciativa irá oferecer posições temporárias e efetivas exclusivas para mulheres.
De acordo com Felipe Balbino, diretor de recursos humanos da Kimberly-Clark no Brasil, a ideia é ter um banco de talentos para que as candidatas se cadastrem e, assim que a companhia abrir vagas correspondentes aos seus perfis, o sistema irá avisá-las automaticamente. “Também teremos um olhar para as situações em que, quando houver dois candidatos com as competências que procuramos e um deles for mãe, vamos priorizá-las”, explica.
Iniciada no Peru, em 2020, a ação hoje é realizada na Costa Rica, Chile, Bolívia e Colômbia e, ao todo, já foi responsável pela contratação de 18 mulheres nesses países. No Brasil, existirão vagas para um prazo determinado de seis meses ou efetivas. “Quisemos oferecer as duas opções de modelo de trabalho para abranger tanto aquela mulher que está decidindo se quer voltar para o mercado de trabalho quanto aquela que já tomou a decisão de retornar”, completa Balbino.
As oportunidades serão destinadas a mulheres que são mães, independentemente do período em que estão longe do mercado de trabalho. “Seria injusto criar uma regra que limitasse esse tempo. Uma mulher que teve uma carreira de dez anos e parou por três por causa da maternidade não esqueceu o que aprendeu nessa década. Acreditamos que existem muitas profissionais boas que precisam apenas de uma oportunidade”, destaca o executivo.
A companhia oferecerá seus benefícios e programas de desenvolvimento a todas as colaboradoras, mesmo as que forem contratadas para posições temporárias. Entre as práticas da Kimberly-Clark, destacam-se programas de aceleração de carreira exclusivos para profissionais do gênero feminino e de mentoria com executivas da multinacional.
Atualmente, a empresa atua em modelo híbrido, no qual os funcionários trabalham 60% do tempo em home office e os outros 40% presencialmente. Conforme o diretor de RH, outras flexibilidades também poderão ser acordadas de acordo com a necessidade de cada uma das mães.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que, ainda nos dias de hoje, maternidade e carreira significam escolhas antagônicas para mulheres: 48% das profissionais com filhos são demitidas até dois anos após a licença-maternidade e as demais 52% pausam a carreira em até 12 meses após a licença-maternidade.
Nesse sentido, o “Working Moms” integra uma série de ações que a Kimberly-Clark criou para incluir as mulheres que são mães na organização, como licença-maternidade de seis meses, sala de amamentação nos escritórios e pagamento de despesas de acompanhantes para as que têm filhos de até um ano e precisam viajar a trabalho.
A iniciativa vai ao encontro da meta da K-C de atingir, nos próximos dez anos, a paridade de gênero em cargos de gestão globalmente. Hoje, na América Latina, as mulheres ocupam 39,6% das posições de liderança na empresa.
As interessadas devem se cadastrar no banco de talentos da Kimberly-Clark clicando aqui.