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O possível ‘namoro’ entre as duas gigantes, a Fibria, a maior produtora de celulose mundial e a Eldorado, que possui a maior fábrica de celulose em linha única de produção no mundo, voltou a ser cogitada por analistas de mercado ouvidos em reportagem da revista Exame, do dia 23 de Junho.
De acordo com a publicação, uma fusão entre as duas seria a melhor alternativa para o atual quadro do mercado. No entanto, através de comunicado oficial, a Fibria reforçou que vem trabalhando para um processo de expansão da unidade em Três Lagoas. A expectativa, informou a companhia, é que o projeto de expansão seja apresentado ainda no segundo semestre ao Conselho Administrativo da empresa – não foi estipulada uma data – para avaliação.
O cronograma sofreu um atraso de um mês a pedido dos principais fornecedores. A expectativa da companhia era de apresentar esse projeto ao Conselho Administrativo entre os meses de julho e agosto. No entanto, os fornecedores de equipamentos para a fabricação de celulose pediram uma extensão desse prazo para que pudessem coletar todos os dados solicitados pela Fibria no começo do ano. A reunião com os fornecedores aconteceu em janeiro, na cidade de Guararema (SP), quando o projeto foi apresentado a 36 empresas fornecedoras de equipamentos para o setor de celulose para que estes elaborassem também seus planos para atender à expansão.
MELHORA
Um ponto positivo para o projeto instalação da 2ª linha de produção na unidade em Três Lagoas foi o resultado do segundo trimestre, apresentado pela companhia nesta semana. De acordo com o relatório trimestral, entre abril e junho deste ano, a dívida líquida da companhia recuou em 4% se em relação ao primeiro trimestre do ano, fechando em US$ 3.080 milhões (R$ 6.970 mi). Comparado ao segundo semestre de 2013, a queda foi de 19%.
A receita líquida teve um aumento de 3% entre um trimestre e outro, passando para R$ 1,694 mi e as vendas tiveram um aumento de 12%, passando para R$ 1.334 milhões. Nos seis primeiros meses do ano, a Fibria produziu 2.548 milhões de toneladas de celulose branqueada.
O Ebitda, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 594 milhões de abril a junho, com margem de 35%, redução de 13% em comparação ao primeiro trimestre do ano.
PROJETO
A instalação de uma nova linha de celulose em Três Lagoas deve contar com um investimento estimado em R$ 5,5 bilhões. Caso seja aprovada pelo seu conselho administrativo, o início das obras deve ocorrer em 2015 e, no ano seguinte, a segunda linha deverá entrar em funcionamento.
A expectativa da empresa é que, no processo de construção, sejam criados cinco mil empregos na construção civil. Depois de pronta, a unidade deverá gerar de 150 a 200 novos empregos diretos e 500 indiretos. Hoje, a Fibria emprega três mil funcionários, 1,3 mil deles na indústria.
Atualmente, a unidade em Três Lagoas conta com uma capacidade de produção de 1,3 milhão de tonelada/ano. Já a linha dois é projetada para produzir 1,750 milhão de tonelada de celulose por ano.
ELDORADO
Na outra ponta, a Eldorado Brasil também deu início aos estudos para a ampliação da unidade. A instalação da segunda linha de produção deverá contar com um investimento de R$ 7,5 bilhões. No mês passado, a unidade recebeu Licença de Instalação do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) para ampliar sua capacidade de produção de celulose para 4 milhões de toneladas por ano.
Prefeitura cede alojamento para a Fibria
Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Três Lagoas publicou, no Diário Oficial do Município, a lei de 15 de junho de 2014, que autoriza a cedência de alojamento para a Fibria Celulose S.A. Pela lei, sancionada após aprovação dos vereadores, a prefeitura autoriza a empresa utilizar, sem ônus, o alojamento situado na saída para o município de Brasilândia, localizado na BR-158, ‘assim como respectivos equipamentos’ por um prazo de três anos, podendo ser prorrogado por igual período. A expectativa é que o alojamento, construído quando na edificação do complexo de celulose e papel em Três Lagoas, seja para abrigar os futuros trabalhadores da construção civil, quando iniciada o projeto de expansão.
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