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Executivos defendem consolidação na indústria de celulose

Dirigentes da Fibria e da Eldorado Brasil avaliam que formação de preço está nas mãos das famílias controladoras e não dos gestores das empresas.

Eldorado Brasil em Três Lagoas - MS
Eldorado Brasil em Três Lagoas – MS

A indústria de papel e celulose deveria passar por um ciclo de consolidação, pois atualmente as empresas não são capazes de definir os preços, mas o movimento está nas mãos das famílias controladoras e não dos gestores, concordaram os presidentes da Eldorado Brasil Celulose, José Carlos Grubisich, e da Fibria, Marcelo Castelli, em evento do setor, que ocorre em São Paulo.

“A indústria de celulose deveria passar por ciclo de consolidação, pois nenhum de nós tem capacidade de definir preços, mas a estrutura das empresas é familiar e ninguém quer perder o controle”, disse Grubisich. Segundo ele, a possibilidade de uma oferta hostil é difícil neste setor. “Se não houver movimento amigável, muito dificilmente terá consolidação num horizonte de tempo que gostaríamos”.

No caso específico da Eldorado, que é controlada pela J&F Investimentos, da família Batista, também controladora da JBS, Grubisich disse que há interesse. “Nosso acionista tem se preparado para movimentos de consolidação”.

Marcelo Castelli, da Fibria, concordou que a consolidação da indústria de papel e celulose está nas mãos dos controladores. “Consolidação agrega valor para tentar influenciar ciclos de preços, mas está nas mãos dos controladores, que é familiar”. Para Castelli, a indústria mais cedo ou mais tarde deve perseguir isso.

O executivo ponderou, contudo, que o modelo mais eficiente é o de fusão e não aquisição. “Comprar e vender não acontece. O modelo é criar uma empresa que agregue mais valor para ter saltos mais grandes e com influência global”.

Criada em 2009, a Fibria resultou de uma incorporação da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP), do grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes.A Suzano Papel e Celulose tem entre seus controladores a família Feffer e a Klabin a família que dá nome à empresa.

“Compartilho da visão do Castelli da fusão, mas está no andar de cima e não dos gestores”, limitou-se a dizer Walter Schalka, presidente da Suzano, em conversa com jornalistas.

revistagloborural.globo.com

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