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CMPC aposta em finanças sustentáveis

A empresa emitiu, recentemente, um título de US$ 500 milhões vinculado a metas de sustentabilidade

Há três anos, a CMPC anunciou quatro metas relacionadas à sustentabilidade. Entre elas, está reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa até 2030 em 50% e o consumo de água industrial em 25% até 2025. Agora, no entanto, “quebrar” essas promessas não afetará apenas a imagem da empresa, mas também suas finanças.

Isso porque, na última semana, a empresa emitiu bônus de US$ 500 milhões vinculado a metas de sustentabilidade nos EUA. “(Esta operação) não exige que a utilização de recursos seja para financiar projetos sustentáveis, mas sim, um compromisso em que a empresa, em um determinado prazo, caso não cumpra, tem um aumento na taxa de juros do cupom”, explicou Ignacio Goldsack, CFO da CMPC.

Nesta última edição, o crédito funcionou dentro de uma estrutura com princípios e objetivos, que são supervisionados pela International Capital Markets Association (ICMA, na sigla em inglês). O recurso arrecadado será destinado para refinanciar dívidas existentes sob esse novo modelo de pagamento.

 

Embora envolva um trabalho mais sofisticado, Goldsack afirmou que a transação não é mais cara do que a tradicional, mas também permite que a empresa alinhe sua estratégia de finanças com a de sustentabilidade. “Obviamente, para os acionistas, a empresa tem que ser eficiente, tem que ser lucrativa, mas também tem que gerar valor compartilhado para nossas comunidades, nossos fornecedores, nossos clientes e as comunidades onde participamos”, comentou o executivo, em entrevista a um programa da Rádio Pauta.

Além disso, a emissão permitiria à empresa comunicar ao mercado os avanços que estão sendo feitos e atender à maior demanda que existe por instrumentos relacionados às questões ambientais, sociais e de sustentabilidade. “Cada vez mais, investidores querem saber para onde vão seus fundos, onde seus recursos vão sendo investidos. A consciência sobre as mudanças climáticas está aumentando; portanto, daqui para frente é um mercado que vai continuar se aprofundando”, projetou Goldsack.

Pelo mesmo motivo, a edição recente provavelmente não será a última nesse aspecto. “No longo prazo, a expectativa é que a empresa continue pensando nesse tipo de coisa e inove na linha de finanças sustentáveis”, disse o executivo.

Fonte
Pauta
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