Setor de HPPC tem superávit de US$ 32 milhões no primeiro semestre
O segmento de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos não fechava um primeiro semestre com superávit desde 2010

O primeiro semestre de 2022 foi marcado por um crescimento de 14,6% nas exportações do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos em relação ao mesmo período em 2021 (US$ 332.7 milhões), alcançando o valor de US$ 381.2 milhões.
Em importações, o resultado total foi de US$ 348.9 milhões, com uma redução de 4,8% em comparação ao período de janeiro a junho do ano anterior (US$ 366.6 milhões). A corrente de comércio do primeiro semestre alcançou a cifra de US$ 730.1 milhões, representando aumento de 4,4%, frente ao mesmo período de 2021, quando totalizou US$ 699.3 milhões.
De acordo com a análise da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o saldo da balança comercial de junho/2022, com superávit no valor de US$ 11.7 milhões, confirma a tendência de recuperação do setor pós-pandemia.
Ainda no mesmo período, a corrente de comércio atingiu US$ 130.9 milhões, aumento de 7,3% na comparação com o mesmo período no ano anterior (US$ 122.0 milhões). E as exportações alcançaram o valor de US$ 71.3 milhões, com um importante aumento, de 16,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 61.2 milhões).
“A tendência é que possamos fechar 2022 com superávit pelo terceiro ano consecutivo, e a corrente de comércio poderá ser superior ao valor do ano de 2021, se mantidos os valores de exportação e importação no segundo semestre deste ano”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da Abihpec.
Mas os resultados positivos não excluem os desafios do cenário atual para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. “Ainda sofremos o impacto dos fretes internacionais, a falta de disponibilidade de contêineres e a necessidade da melhoria do ambiente de comércio exterior”, diz Basilio.
O presidente-executivo avalia ainda que, apesar destas adversidades, o setor tem realizado ações para reduzir obstáculos ao comércio e superar as assimetrias para facilitação nos processos de exportação e importação, mostrando resiliência e alcançando números relevantes nas exportações deste ano.
“A meta é chegarmos ao mercado externo com produtos competitivos em relação a outros mercados. Para isso, é importante contar com uma política de estado voltada ao comércio exterior, para que programas como o Portal Único de Comércio Exterior possa ser implementado, e seus processos executados de forma célere, com todos os órgãos anuentes do comércio exterior brasileiro em uma mesma plataforma”, conclui.