
O Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Mato Grosso do Sul (Sinpacems) projeta que o setor deve ampliar em até 2% seu faturamento no estado em 2015 frente a 2014, passando de R$ 2,20 bilhões para R$ 2,24 bilhões.
Conforme a entidade, o percentual de crescimento está dentro do que o segmento projeta em nível nacional, já que a estimativa é da ordem de 1,7%, sendo que a produção de celulose e papel também deve ter um ganho de produtividade de 2%. Os dados mais recenes mostram que o Brasil hoje é o 4º maior produtor mundial de celulose, com um volume de 16 milhões de toneladas por ano e em 10º na produção de papel com um volume de 10,4 milhões.
“Mato Grosso do Sul produz em torno de 17% do total de celulose e de 2% de papel”, detalhou o presidente do Sinpacems, Francisco Valério. Ele destacou ainda que o estado já ocupa lugar de destaque no ranking brasileiro do setor, mas que ainda necessita de um sistema permanente de preparo de mão de obra, e melhorias na logística, infraestrutura de negócios e condições tributárias.
Com 25 indústrias de celulose e papel instaladas e que juntas empregam 3.250 industriários, o segmento tem, conforme o Sinpacems, investimentos previstos Mato Grosso do Sul nos próximos anos. Entre esses empreendimentos está a instalação de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo, sendo a terceira planta do segmento no estado, que já conta com a Fibria e Eldorado, as duas em Três Lagoas.
O projeto para Ribas do Rio Pardo é o da CRPE Holding (Celulose Rio Pardense e Energia), que será instalada próxima à BR-262, a cerca de 100 quilômetros de Campo Grande. O empreendimento deverá produzir 2,2 milhões de toneladas de celulose por ano e cogerar 291 MW (Megawatts) de energia elétrica, sendo consumidos na fábrica 151 MW e o restante de 140 MW excedentes poderão ser comercializados.
Também deve ser implantado um ramal ferroviário de dois quilômetros para permitir o escoamento da produção de celulose, que em grande parte será voltada para o mercado externo, e deverá conectar a fábrica com a Ferrovia Ferroeste.
G1