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Preço da celulose deve bater máxima histórica

A fibra curta deve superar em breve o preço recorde de US$ 1.050 por tonelada, atingida no mercado europeu em 2018

Registrando forte valorização em 2021, a celulose caminha para alcançar um novo nível recorde de preços nos principais mercados internacionais nas próximas semanas. Após bater o preço recorde de US$ 760 por tonelada na China no mês passado, a fibra curta avançou ainda mais na Europa e deve superar em breve a máxima histórica de US$ 1.050 por tonelada, atingida naquele mercado em 2018.

Fontes de mercado indicam que a celulose de fibra curta subiu US$ 66,95 no mercado europeu em uma semana, para US$ 1.022,59 por tonelada. A fibra longa também teve forte crescimento, de US$ 92,65, alcançando US$ 1.215,87 por tonelada.

Já na América do Norte, o aumento foi de US$ 36,25 em uma semana, e chegou a US$ 1.565 por tonelada.

Na China, também houve valorização da commodity. O preço líquido da fibra curta subiu US$ 4,13, para US$ 778,83 por tonelada, e o da fibra longa aumentou US$ 3,24, a US$ 985,23 por tonelada.

Para os analistas do J.P.Morgan, ainda que alguns investidores trabalhem com a possibilidade de queda iminente, a expectativa é de estabilidade de preços nos próximos meses. Eles observam que o mercado global continua pressionado e o consumo de papel se mantém positivo.

“Observamos que o sentimento em relação às commodities tem sido bom e os primeiros sinais são encorajadores, com os futuros de celulose de fibra longa voltando para perto das máximas históricas, sem relatos de novas quedas nos preços de revenda e outras commodities batendo recorde de preço”, escreveram, em relatório.

Na última semana de abril, a Suzano, seguida de outros fabricantes, reportou aumento de US$ 80 por tonelada nos preços de referência da celulose de eucalipto para os mercados europeus e norte-americano a partir de 1º de maio. Com o reajuste, o preço lista nesses mercados chegou a US$ 1.090 e US$ 1.320 por tonelada, respectivamente. Na China, porém, não houve aumentos e o valor de mercado ficou em US$ 780 a tonelada.

Fonte
Valor Econômico
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