Na Suécia, estudantes brasileiras são premiadas por projeto de absorventes sustentáveis
O Projeto “SustainPads” recebeu o Prêmio de Excelência no Prêmio Jovem da Água de Estocolmo
Estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Osório – receberam o Prêmio de Excelência na grande final do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo (Stockholm Junior Water Prize – SJWP) por um projeto de absorventes higiênicos de baixo custo e ambientalmente sustentáveis. Única representante do Brasil, a equipe foi premiada dentre projetos de 36 países participantes.
A conquista foi anunciada em um evento realizado na Suécia, e equivale ao segundo lugar do SJWP. O trabalho, intitulado “SustainPads: absorventes sustentáveis e acessíveis a partir de subprodutos industriais”, foi desenvolvido pelas alunas do Ensino Médio Laura Drebes e Camily Pereira e orientado pela professora Flavia Twardowski.
Ao anunciar o Prêmio de Excelência, as apresentadoras da cerimônia destacaram que o projeto “contribui para a dignidade humana e para o desenvolvimento sustentável e que as estudantes demonstraram paixão, empatia e habilidade para pensar fora da caixa”. As jovens pesquisadoras receberam um certificado da princesa Vitória da Suécia, que é a patrona do prêmio.
O anúncio de que elas seriam as representantes do Brasil na grande final internacional foi feito na cerimônia de encerramento da etapa brasileira, integrada à Conferência Internacional Rio 2030, em junho, no Rio de Janeiro.
SOBRE OS SUSTAINPADS
As jovens desenvolveram absorventes higiênicos mais baratos e ambientalmente sustentáveis em comparação com os produtos encontrados no mercado, de algodão e plástico. O baixo custo dos absorventes, de R$ 0,02 em média, contribui para reduzir o problema da falta de acesso a produtos adequados para o cuidado com a higiene menstrual.
Os materiais absorventes foram produzidos a partir das fibras da palmeira juçara e do pseudocaule da bananeira (subprodutos industriais da região do litoral norte). Dos resíduos da indústria nutracêutica (de cápsulas de medicamentos), as estudantes criaram um biofilme que envolve a parte interna do absorvente e é colocado dentro de suportes feitos com sobras de tecido.