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Incapaz de repassar custos para o varejo, fabricante alemã de tissue se declara insolvente

Com o aumento dos preços da energia e dos materiais, a Hakle pretende se reestruturar por meio de processos de autoadministração

A Hakle, fabricante alemã de papéis tissue, divulgou que entrou com um processo de insolvência em autoadministração no Tribunal Distrital de Düsseldorf. A empresa alega ser incapaz de compensar o aumento dos custos de energia e matérias-primas usadas na produção.

A corporação emprega 220 pessoas na unidade de Düsseldorf e fabrica produtos como papel higiênico e papel de cozinha, fazendo uso de celulose em larga escala em seu processo fabril. O insumo se tornou consideravelmente mais caro nos últimos anos devido ao aumento da demanda e problemas logísticos.

Diante das dificuldades, a empresa anunciou que pretende se reorganizar como parte de um processo de autogestão. Isso, no entanto não significa que ela encerrará suas atividades: a Hakle continuará existindo, assim como os seus produtos e marcas, e a gestão também permanece no cargo, mas um administrador será designado para trabalhar ao seu lado, analisando, sobretudo, como a companhia pode voltar a controlar seus custos.

Durante o processo de insolvência, a administração de Volker Jung continuará a administrar o negócio operacional. O advogado e especialista em reestruturação Dr. Jan-Philipp Hoos, do escritório de advocacia White & Case, foi nomeado administrador provisório, segundo fontes locais.

“Desde o início da pandemia em 2020, a indústria de papel com uso intensivo de energia está sujeita a graves convulsões no mercado global de matérias-primas, logística e energia”, afirmou o diretor administrativo Volker Jung, em comunicado, acrescentando que a situação piorou com o início da guerra na Ucrânia e os custos massivamente inflacionados não poderiam ter sido suficientemente repassados ​​aos clientes.

Com o recurso obtido pela insolvência, o pagamento dos funcionários estaria garantido para os meses de setembro a novembro, afirmaram as fontes.

Fonte
N-TVSüddeutsche ZeitungLegal Tribune Online
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