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Fabricante africana aposta em papel higiênico de bambu para atingir meta de produção

A One-District-One-Factory, estabelecida em Akwamufie, ao sul de Gana, pretende aumentar a produção para alcançar uma fatia de 20% do mercado de papel tissue no país

Cada vez mais atentas à inovação e responsabilidade ambiental, muitas indústrias do setor de papel têm buscado alternativas mais sustentáveis no desenvolvimento de seus produtos, para atender a uma demanda de clientes cada vez mais exigentes e conscientes.

Nesse contexto, a GoodRoll Factory Ghana Limited, uma empresa local de tissue no sul de Gana, subsidiária local da holandesa The GoodRool, lançou seus primeiros produtos voltados para a sustentabilidade, com papel tissue fabricado a partir de bambu.

Com sua fábrica de tissue One-District-One-Factory (IDIF), estabelecida este ano em Akwamufie, produz 120 mil rolos de papel higiênico de bambu diariamente. A meta ambiciosa da companhia para os próximos três anos é alcançar uma fatia de cerca de 20% do mercado de papel no país.

Atualmente, a empresa possui 103 colaboradores, entre os quais 19 são mulheres e 82 fazem parte da comunidade Akwamufie e seus arredores (Ajena, Gyekiti, Aboasa, Atimpoku e Akosombo).

De acordo com Mohammed Sani Adjei, diretor financeiro e administrativo da companhia, os acordos firmados com a Comissão Florestal e outras organizações relevantes ligadas ao assunto pretendem garantir aos agricultores locais cerca de 200 mil mudas de bambu para replantio, assegurando, assim, o fornecimento da matéria-prima para uma produção mais sustentável.

O executivo ainda disse que quando os papéis higiênicos marrons foram produzidos a partir da fibra de bambu, nenhum produto químico foi adicionado ao produto, tornando-o mais ecologicamente correto e seguro para o uso dos consumidores.

Para Henry Kwabena Kokofu, diretor executivo da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Gana precisa de investimentos entre US$ 9,3 e US$ 15,5 bilhões para ajudar no combate à redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação climática em vários setores prioritários de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) – acordo que afirma o comprometimento do país em lidar com os impactos das mudanças climáticas na economia e a população mais vulnerável.

A empresa está trabalhando com várias organizações e alguns alunos da Universidade Kwame Nkrumah de Ciência e Tecnologia (KNUST) em Kumasi, na região de Ashanti, para que possam ajudar a calcular a quantidade de carbono que as árvores de bambu poderiam absorver da atmosfera, segundo Muntaka Ibrahim, CEO da empresa, e Allan Thompson, diretor de projetos e responsabilidade social corporativa.

Os executivos afirmaram, também, que a criação da Fundação GoodRoll possibilita executar uma série de projetos como parte de seu CSR para fornecer itens de necessidades básicas para a comunidade local, como banheiros e absorventes para meninas em escolas da região, bem como falar sobre higiene menstrual.

Além disso, a empresa firmou parceria com a organização não governamental Pro-link – fato que deixou a conselheira técnica e fundadora da organização, Bernice Adiku-Heloo, entusiasmada, já que a ação irá beneficiar as comunidades, garantindo o alcance de várias metas, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

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