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ESG: como a indústria de tissue caminha pela agenda da sustentabilidade

Atravessamos um período de muitos avanços tecnológicos que têm ajudado a gerar resultados palpáveis nas linhas de produção. Ao mesmo tempo, também estamos em uma busca contínua para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no mundo, sem perder a eficiência da indústria. Como criar uma convergência entre demandas distintas e igualmente essenciais para o nosso mercado? Esse é o grande desafio da indústria de tissue nos dias de hoje.

Mais do que estar alinhados às tendências e soluções na busca pela inovação e pela agilidade produtiva, os fabricantes precisam encontrar formas de tornar o negócio sustentável – para as empresas, para o meio ambiente e para as pessoas.

Essa agenda, conhecida como ESG, é tema recorrente no mundo corporativo. Ela trata da urgência de encontrar formas de unir produtividade, eficiência e cuidado; de compensar os impactos causados ao meio ambiente e ajudar a melhorar a qualidade de vida das comunidades.

Cada vez mais, é necessário proteger o planeta durante as operações – o que é possível com a adoção de medidas como a redução do consumo de energia e o aumento do uso materiais recicláveis, com fontes alternativas e sustentáveis. Diversos ganhos podem ser obtidos a partir da otimização da produção industrial, trazendo elevação de desempenho agregada a processos sustentáveis.

Um dos temas mais importantes da agenda ESG é a redução de gases de efeito estufa (CO2) – nesse sentido, ainda é preciso encontrar alternativas dentro da realidade do nosso setor. Imbuídas de um desejo para um futuro promissor e também saudável, as grandes produtoras têm solidificado seus compromissos com o social, o ambiental e a governança, sem perder o foco nos resultados e na lucratividade.

Pude conferir de perto alguns desses avanços na quarta edição da iT’s Tissue 2022. O evento, promovido pela Tissue Italy Network, aconteceu em junho em Lucca, reunindo 11 empresas que abriram as portas para discutir as inovações no mundo de tissue. Ao longo dos quatro dias de evento, os participantes fizeram uma imersão no uso da tecnologia no nosso mercado, tendo também uma visão de como isso pode beneficiar as ações do futuro.

Reconhecido no mercado por antecipar tendências, o evento trouxe discussões estratégicas que buscam endereçar os desafios do mercado produtivo de tissue. Um exemplo é a necessidade constante de manter alta rentabilidade, baixo custo, sem impacto na produção e na qualidade do produto final.  Para que isso aconteça, o caminho é investir em máquinas que ofereçam sistema operacional de última geração e entreguem eficiência em termos de tempo e de consumo de energia.

A iT’s Tissue também agregou o know-how dos membros da Tissue Italy Network, oferecendo debates que tentam desvendar a equação ideal entre uso de tecnologia, operação sustentável e lucratividade. Há múltiplas soluções e o mercado terá uma fase de erros e acertos para ajustar o seu caminho nessa jornada. O ponto de início, sem dúvida, está na criação de um plano cuidadoso que concilie necessidades, objetivos e entregas, tendo como base o conceito ecossustentável.

Inspirada por esse cenário desafiador, mas também repleto de oportunidades, agora cabe à nossa indústria se munir de conhecimento, parceiros estratégicos e uma visão de negócio de longo prazo focada na melhoria da sociedade como um todo. O fato é que o mercado de tissue está ciente dos seus compromissos, com os consumidores e com a sociedade. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar por um futuro mais sustentável.

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Felipe Quintino

Um dos mais reconhecidos especialistas no setor de tissue, Felipe Quintino é fundador do Portal Tissue Online e CEO do Nexum Group, maior ecossistema de comunicação para conectar as indústrias de papel, celulose e personal care nas Américas.

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