A Eldorado Brasil teve lucro de R$ 1,16 bilhão no segundo trimestre, o melhor resultado de sua história. A companhia foi beneficiada pelo forte desempenho operacional e pelo impacto positivo da variação cambial na dívida em moeda estrangeira.
Também impulsionada pela retomada do consumo nos países desenvolvidos, a empresa reverteu o prejuízo de R$ 14 milhões registrado no ano passado e obteve ganho bem acima do de R$ 15 milhões do primeiro trimestre.
O Ebitda (lucro antes dos juros, multas, impostos, depreciação e amortização) também atingiu recorde no segundo trimestre: R$ 1,57 bilhão, valor 20% maior que o trimestre anterior e 26% superior ao mesmo período de 2020.
A performance também levou a Eldorado a registrar seu maior fluxo de caixa livre em um trimestre: R$ 551 milhões – mais que o dobro dos R$ 266 milhões do segundo trimestre de 2020 e 13% maior que o primeiro trimestre de 2021, quando foram registrados R$ 489 milhões.
“A rentabilidade apresentada pela Eldorado no segundo trimestre reflete o desempenho e eficiência das nossas operações, alinhados ao quadro geral positivo no mercado de celulose, contribuindo para o atingimento desse conjunto de recordes”, avaliou o CFO da Eldorado, Fernando Storchi.
O CFO acredita que a retomada da atividade econômica nos países desenvolvidos com o enfraquecimento da pandemia, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, sustentou a sequência de aumentos de preços realizados nesses mercados.
A Eldorado tem aproveitado o cenário para reduzir sua alavancagem – tendência que deve continuar nos próximos trimestres. No intervalo, o indicador, que era de 2,85x, reduziu para 2,03x. Vale ressaltar que, em junho de 2021, a empresa quitou os bonds contraídos em 2016. Com esse conjunto de operações, vem fazendo o alongamento da sua dívida.
A única unidade da Eldorado está localizada em Três Lagoas. A companhia é alvo de um imbróglio judicial envolvendo a J&F Investimentos e a Paper Excellence. No momento, a decisão arbitral que entregava o comando da Eldorado à PE está suspensa por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo e o caso poderá continuar se arrastando por anos.
