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Digitalização e metas ESG avançam juntas com foco na evolução da fabricação de papel

Por Ivan Medeiros, gerente de Aplicação e Vendas de Soluções Digitais da Voith Paper América do Sul

Tenho acompanhado algumas reflexões e discussões sobre ESG e, para mim, fica evidente o quanto o uso combinado de tecnologias digitais vem tracionando esforços globais em direção a uma nova revolução. A também chamada de “Revolução da Sustentabilidade” tem possibilitado que a humanidade progrida cada vez mais, tornando mais inteligente e eficiente – além de consciente – a maneira como vivemos, trabalhamos, produzimos e consumimos.

Outro dia, li sobre algoritmos já aplicados a máquinas de lavar roupas – que decidem sobre a quantidade exata de água usada no enxágue, com base no nível de sujeira das roupas avaliado durante o ciclo de lavagem. Cada vez mais, é assim que a revolução sustentável-digital será percebida no dia a dia de pessoas e empresas – e que nos auxiliará a repensar para economizar sempre, mais e melhor.

É nesse contexto que enfatizo como a sustentabilidade – associada à digitalização e à automatização – pode aprimorar ainda mais o legado que queremos deixar para as gerações futuras. Essa é uma jornada de transformações já em curso, potencializando economia financeira significativa, aumento na otimização de processos e impacto reduzido ao meio ambiente.

Partindo das mudanças em nosso cotidiano para a realidade empresarial, vejo que os produtores de papel enfrentam situações parecidas, as quais precisam antever: como reduzir altos gastos com energia, água e matérias-primas, e o impacto ambiental de seus negócios? De que forma atuar para não comprometer a produção, anulando problemas técnicos evitáveis nas máquinas? Como eliminar o desperdício financeiro com processos redundantes?

A esses questionamentos, a Voith tem endereçado soluções em Tecnologia da Automatização e em IIoT que hoje já aproximam a indústria do setor da definição e do monitoramento de indicadores, para que possam ampliar a qualidade de seus processos produtivos e produtos, e tangibilizar diretrizes ESG.

Na era da automatização e da digitalização da indústria, costumo dizer que máquinas inteligentes ajudam máquinas mecânicas “a falar” – para alertar quando seu desempenho se distancia de cenários ideais de funcionamento, a partir da parametrização de suas informações operacionais. E é fato que esse processo irá se deparar com estratégias ESG cada vez mais baseadas em objetividade, materialidade, frequência e comparabilidade de dados. Estimativas da McKinsey apontam nessa direção: segundo a consultoria, até 2025 processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, e o consumo de energia entre 10% e 20%, além de aumentar a eficiência entre 10% e 25%.

Tenho enfatizado junto aos fabricantes de papel a importância de estabelecer pontos de partida tecnológicos para suas jornadas de transformação rumo a uma condição de controle digitalizado e preditivo da atividade fabril. Nessa transição, um dos passos iniciais, muito importante do ponto de vista tecnológico, é a virtualização dos sistemas de automação das máquinas de papel. Corretamente conduzida, essa etapa tem se comprovado crucial para que as empresas do setor possam conhecer e compreender em que patamar estão e como seus processos produtivos, uma vez modernizados e integrados, poderão avançar tecnologicamente – para produzir mais e melhor, com menos recursos consumidos.

A automatização é a rota inicial pela qual a Voith tem fundamentado os caminhos que conectarão a indústria do setor ao nosso portfólio Papermaking 4.0, desenvolvido para tornar a fabricação de papel cada vez mais inteligente.

Acredito que não basta viver de expectativas – é preciso falar de futuro, sim, e principalmente trabalhar no presente para chegar ao que queremos no amanhã com base nas ideias e projetos desenvolvidos. Um exemplo de como materializamos esse futuro no nosso presente é o OnEfficiency.Strength, a solução da Voith sem similares e capaz de assegurar a máxima qualidade do papel com o menor custo operacional.  Por meio da combinação de um modelo de controle preditivo, sensores virtuais e otimizadores de custos, oferecemos uma condição consistente para a visualização, estabilização e otimização do processo fabril.

Periodicamente, costumo compartilhar com o mercado local cases globais de aplicação do OnEfficiency.Strength. No caso de um projeto em Hoya (Alemanha), o monitoramento constante dos parâmetros de qualidade da fabricação do papel e a regulagem automática de configurações têm proporcionado redução do consumo do amido, economia de recursos e custos de produção mais baixos. Já em outro projeto, na Itália, o uso de inteligência artificial com a solução da Voith passou a otimizar o consumo de fibra virgem e as flutuações na espessura do papel, melhorando a qualidade do produto final.

Esses são alguns referenciais que tenho incorporado ao escopo de projetos apresentados na América do Sul, para avançarmos junto com indústria papeleira local em seus objetivos estratégicos de se posicionarem competitivamente no ambiente da Indústria 4.0.

É assim que a revolução da sustentabilidade e a transformação digital evoluem juntas – combinando o melhor da nossa expertise em fabricação de papel, automatização e TI para alavancagem de resultados alinhados a indicadores ESG. E seja qual for a etapa de transição tecnológica ou de maturidade digital em que as empresas se encontram, o segredo do sucesso é trabalhar hoje pensando no amanhã. É isto que nos motiva na Voith e, sinceramente, o que me motiva todos os dias – a buscar a evolução dos negócios de nossos clientes pensando em transformação, digitalização e liderança.

Fonte
Voith
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