
O relatório semanal do Credit Suisse aponta que a demanda por celulose na Europa dá indícios de recuperação, enquanto os mercados da Ásia e do Canadá devem seguir a tendência de alta, reajustando as cotações.
De acordo com os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, a Mondi fará um aumento de 50 euros a tonelada de celulose, o equivalente a US$ 58. O valor será reajustado a partir de 1º de novembro e fontes indicam que a companhia vê um movimento positivo desde o final do verão no mercado de kraftliner marrom.
Já na Europa, os estoques cresceram 14,5% em agosto em relação a julho, para 1,817 milhões de toneladas.
Na Ásia, futuros contratos da celulose de fibra longa BSK tiveram fortes aumentos dois dias consecutivos na bolsa de Xangai, em 31 de agosto e 1º de setembro. Assim, o preço atingiu 210 yuans a tonelada, o equivalente a US$ 31 dólares. O preço para o contrato mais popular desde dezembro de 2012 alcançou a máxima de 4970 yuans a tonelada.
Respondendo ao movimento chinês, os fornecedores da celulose canadense de fibra longa NBSK subiram o preço para US$ 630 a tonelada, um reajuste de até US$ 60 em comparação aos números anteriores dos contratos que previam envios em setembro.
O Conselho de Papel e Celulose (PPPC, na sigla em inglês) informou que as entregas de celulose tiveram um avanço para 4,4 milhões de toneladas em agosto. Apesar de o resultado ser superior à média histórica de agosto, analistas afirmam que o movimento é neutro e não colabora para o aumento das cotações no mês que vem.