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Convertedor se beneficia do crescimento do consumo de tissue em Gana

Para Marc Skaf, fundador da Delta Paper Mill, a pandemia de Covid-19 impulsionou os hábitos de higiene no país, que devem continuar ganhando força

Em 1982, Marc Skaf fundou a empresa Delta Paper Mill na Costa do Marfim. Na época, ele era um empresário com interesse no setor de bens de consumo havia alguns anos e, para ele, a oportunidade era óbvia. “Percebemos que a disponibilidade do produto era inadequada. A maior parte do papel tissue era importada a um custo muito alto”, explica o executivo.

Marc Skaf, fundador da Delta Paper Mill

No entanto, por condições políticas e estratégia de ampliação, a companhia foi realocada em Gana e seguiu investindo no crescimento da produção de papéis tissue. “Em Gana, o consumo de papel de tissue é de apenas 700 g por ano por cidadão. Se você comparar isso com a Europa, onde é cerca de 14 kg por ano, ou os EUA com cerca de 20 kg, o potencial existe”, diz Skaf.

Ele revela que a Delta Paper Mill trabalha muito para aumentar a conscientização dos consumidores sobre os benefícios de higiene com seus produtos. “Temos que educar as pessoas e visitar as escolas e mostrar o produto e como usá-lo”, conta Marc.

Gradualmente, a empresa viu o consumo aumentar, com um impulso definitivo durante a pandemia de Covid-19. Os ganenses começaram a preferir o lenço descartável, mais higiênico do que o tradicional lenço de pano. “As pessoas perceberam que o custo de usar um papel toalha de tissue não é necessariamente mais caro do que usar um pano, porque com este último é preciso lavá-lo regularmente”, relata. Somada à conveniência, essa maior conscientização sobre higiene ajudou no aumento do consumo.

Naturalmente, esse crescimento foi acompanhado por uma concorrência extra. “Quando começamos, havia apenas dois produtores na área; agora são mais de 15”, revela Skaf.

A companhia importa rolos de papel jumbo e os processa, porém, há planos para produzir localmente essa matéria-prima. Isso significa que a Delta Paper Mill pretende obter a celulose de fornecedores internacionais e, com a ajuda de equipamentos adicionais, processará a celulose nos rolos jumbo. “Nossa capacidade será substancial assim que comissionarmos a produção. Usaremos apenas metade, mas as empresas da Costa do Marfim e de Gana estão prontas para comprar o excesso”, destaca o empresário.

“As necessidades dos consumidores podem mudar rapidamente. Devemos ter todas as matérias-primas à mão para adaptar a produção rapidamente à demanda flutuante. Quando se trata de bens de consumo rápido, você precisa de muito estoque, um grande espaço de armazenamento e um fluxo de caixa significativo”, completa.

Skaf acredita que a empresa pode iniciar o projeto da produção local de rolos jumbo nos próximos dois meses. “Ainda precisaríamos de cerca de dois anos antes de podermos comissionar a produção”, afirma o executivo, acrescentando que está otimista com o aumento acentuado do consumo de tissue no país e em outros mercados. “A maioria dos nossos produtos de papel tissue está mostrando um crescimento contínuo e vamos persistir com nossos esforços de conscientização, especificamente em torno do uso de toalhas de mão”.

Fonte
How we made it in Africa
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