Em relatório divulgado na segunda-feira, 15, a Ágora Investimentos afirmou que os estoques de celulose devem ficar apertados pelo menos até o terceiro trimestre deste ano, mantendo os preços da fibra em alta. Com isso, os produtores de tissue continuarão sofrendo com o repasse mais lento.
Por outro lado, a Ágora destaca que o segmento de papel cartão segue sendo o mercado mais aquecido, assim como o de papel gráfico, em que os fabricantes também estão conseguindo aumentar os preços.
A corretora destacou que os produtores de papel de pequeno e médio porte estão atuando com baixos níveis de estoque de celulose, enquanto os estoques de grandes produtores de papel podem ficar em uma situação mais apertada no segundo trimestre.
Assim, o valor de mercado da matéria-prima deve continuar em patamares elevados ao longo do ano, recuando em 2022 com a entrada em operação de novas capacidades.
Na China, os produtores de celulose de fibra longa anunciaram preços de US$ 980 a US$ 1 mil por tonelada. Na visão da Ágora, os produtores de celulose de fibra curta devem acompanhar o movimento, com preços a US$ 780-800/tonelada para abril.
Na última semana, analistas do Bradesco BBI realizaram um estudo a respeito da produção e do consumo de papel na Ásia. Para produtores de papel e celulose, traders, consultores e macroeconomistas, o mercado está em um estágio saudável na China, com a demanda sustentada por fatores como atividade industrial, e-commerce, eventos públicos e materiais escolares.
SUZANO CONTINUA SENDO A PREFERIDA NO SETOR
A corretora manteve a Suzano como sua principal escolha no setor de papel e celulose, seguida pela Klabin, com recomendação de compra para ambas as companhias.