
Localizada em Eunápolis, no sul da Bahia, a fábrica da Veracel Celulose é autossuficiente na produção de energia desde o início de sua operação. Além de gerar toda a energia que consome, a companhia comercializa o excedente para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
A unidade utiliza a tecnologia mais moderna para a obtenção da celulose, e o subproduto desse processo – conhecido como licor negro –, corresponde a cerca de 95% da produção energética da Veracel. “O restante é praticamente biomassa que queimamos na caldeira de força”, explica o gerente de recuperação e utilidades da empresa, Estanislau Victor Zutautas,
A iniciativa de gerar energia com biomassas que seriam descartadas no meio ambiente vai ao encontro da estratégia de sustentabilidade da companhia. Além do licor negro, a Veracel faz uso de biomassas que vêm junto com a madeira no momento da colheita: a casca do eucalipto, o resíduo do tratamento de efluentes da fábrica e florestas de eucalipto que não podem mais ser utilizadas na fabricação de celulose.
“O tipo de energia que a Veracel produz é fantástico, pois vem de produtos não fósseis. É uma energia limpa que beneficia o meio ambiente”, afirma o especialista.
Além de ser sustentável, o excedente da energia produzida contribui para alimentar o sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil. A fim de aumentar a quantidade de energia vendida ao SIN, a Veracel vem buscando alternativas tecnológicas para reduzir o consumo de energia elétrica da fábrica.
A companhia ainda realiza estudos para encontrar outros materiais que possam ser queimados na caldeira de força. “Estamos buscando parceiros na região que nos forneçam biomassas alternativas”, diz Estanislau. Dentre as matérias-primas já usadas, estão o caroço de açaí e o bagaço de cana.