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Suzano submete estudos ambientais de sua expansão ao Idaf

A Companhia Suzano Papel e Celulose protocolou no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), nessa segunda-feira (7), o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de seu projeto de expansão, referente ao “Bloco II”, que compreende setes fazendas em Montanha, extremo norte do Estado. A empresa pretende plantar eucalipto em dois mil hectares.

Esta é mais um etapa do processo iniciado no ano passado de obtenção das licenças de instalação (LI) e operação (LO). O Idaf já aprovou o Termo de Referência do projeto, bem como dos “Blocos III e IV”, que são complementares.

Ao todo, a Suzano arrendou 14 fazendas no município, para expandir seus plantios a uma área de pelo menos 6,5 mil hectares.

A empresa anuncia a intenção de ampliar sua base florestal para seis municípios na região, inseridos quase em sua totalidade na Bacia Hidrográfica do Rio Itaúnas. Toda a produção servirá de matéria-prima para a fabricação de celulose na área industrial da empresa localizada em Mucuri, na Bahia.

As fazendas do “Bloco II” são Alvorada, Balão, Esplanada, Juazeiro, Luiz Siqueira, Oriental e São Jorge. Além de Montanha, os impactos atingirão o município capixaba de Pinheiros e Mucuri.

selo_okJá no “Bloco III” estão as fazendas Santa Fé I, Santa Fé II e Santo Antônio e, por último, no Bloco IV, as fazendas Eldorado II, Colina e Estrela do Oriental.

Embora obrigada por lei, informações disponibilizadas pelo próprio Idaf indicam que, até agora, a Suzano só realizou uma audiência pública sobre os três projetos, referente ao “Bloco IV”, em outubro do ano passado.

Na ocasião, militantes de movimentos sociais do campo e de associações de agricultores fizeram um protesto contra o caráter privado do encontro, realizado em um cerimonial de Montanha e divulgado em cima da hora, com o objetivo de impedir a participação popular.

No município, as entidades se posicionam de maneira contrária à expansão dos plantios de eucalipto, devido aos impactos sociais, econômicos e ambientais que geram à região.

Além de denunciar a contaminação do solo e da água, o desmatamento e a mecanização, que gera desemprego em larga escala, elas defendem a produção de alimentos, que preserva o meio ambiente e valoriza as famílias do campo.

O próprio Rima da Suzano informa que Montanha já tem 15% de área ocupada por eucaliptos, limite máximo permitido por lei. No entanto, há uma articulação política para aumentar o índice para 25%, o que permitiria abrigar não só os projetos da Suzano como da Aracruz Celulose (Fibria), que depois de ocupar quase a totalidade dos municípios de Conceição da Barra e São Mateus, avança para o extremo norte. A empresa arrendou 17 hectares do Grupo Simão nos municípios de Montanha, Pinheiros, Ponto Belo e Mucurici. Os projetos também estão em processo de licenciamento no Idaf.

seculodiario.com.br

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