
A Suzano divulgou, na última quarta-feira, 11, seus resultados do segundo trimestre, que foram beneficiados por efeitos financeiros e pelo aumento nos preços da celulose.
O lucro líquido da empresa totalizou somou cerca de R$ 10 bilhões, revertendo prejuízos de R$ 2,75 bilhões dos três primeiros meses de 2021 e de R$ 2 bilhões do segundo trimestre de 2020.
De acordo com a Refinitiv, a expectativa média de analistas era um lucro líquido de R$ 6,8 bilhões no intervalo.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 5,94 bilhões no período, alta de 22% na base trimestral e de 42% na comparação anual.
Segundo a companhia, o resultado bateu recorde nessa linha. No entanto, os analistas esperavam que o Ebitda fosse de cerca de R$ 6,66 bilhões.
A Suzano reportou, ainda, resultado financeiro positivo de R$ 9,74 bilhões, revertendo saldos negativos apurados no início do ano e no segundo trimestre de 2020.
A receita líquida de foi de R$ 9,84 bilhões no período, crescimento de 11% na comparação trimestral e de 23% na base anual.
O desempenho se apoiou na alta do preço médio da celulose de 35% sobre o segundo trimestre de 2020, para US$ 636 a tonelada. O preço médio do papel também avançou 9% na mesma comparação, para US$ 4.731 dólares.
Em seu relatório, a Suzano ressaltou que no segundo trimestre “foi observada a continuidade do bom desempenho do preço da celulose, suportado por fundamentos favoráveis tanto pelo lado da oferta quanto pela demanda, tendo o final do trimestre sido marcado por sinais de arrefecimento sobretudo na China dada a aproximação do período de maior sazonalidade”.
Esse cenário, associado a um câmbio médio desvalorizado, contribuiu para que o Ebitda ajustado batesse recorde, assim como para a geração de caixa operacional de R$ 4,9 bilhões, o maior resultado trimestral desde a constituição da Suzano S.A., em janeiro de 2019.
As vendas de celulose caíram 9% na comparação anual, para 2,54 milhões de toneladas. Já as de papéis cresceram 26%, para 296 mil toneladas.
A companhia encerrou junho com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 3,1 vezes em reais e 3,3 vezes em dólares. No primeiro trimestre, os níveis foram maiores, de 4 e 3,8 vezes, respectivamente.