A CMPC enfrentou desafios no ano de 2020. Apesar de a pandemia ter desencadeado a demanda por papéis tissue e outros produtos para limpeza e higiene – o que beneficiou a empresa –, isso não foi suficiente para reverter a queda dos preços da celulose no mundo e fez com que o grupo fechasse o exercício com prejuízo de US$ 28,4 milhões.
O presidente do Conselho de Administração da CMPC, Luis Felipe Gazitúa, comentou o assunto em carta aos acionistas. “A adoção de rígidos protocolos de trabalho, somados ao compromisso dos nossos colaboradores, permitiram compensar a diminuição da atividade econômica global e sua consequente queda na demanda. No entanto, isso não foi suficiente para compensar o impacto nos resultados dos menores preços da celulose, que para a fibra curta, foram os mais baixos em termos nominais dos últimos 15 anos”, destacou.
Gazitúa ainda ressaltou que a CMPC não pretende interferir nas decisões políticas do Chile, que passará por um processo constituinte nos próximos meses, mas afirmou que a organização quer fazer parte do diálogo, “expondo o que consideramos mudanças transcendentais para o nosso futuro, como a descentralização do país e o equilíbrio necessário entre a atividade produtiva e a proteção da biodiversidade”.
Ele ainda garantiu que a empresa quer “promover pontos de consenso”, “criando as condições para que a indústria florestal possa conviver e tornar-se um verdadeiro fator de desenvolvimento nos territórios onde está presente. Essa é a atitude que a opinião pública espera das empresas: atuante e envolvida”, finalizou.