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Produção de papel embalagem bate recorde

Segundo a Associação Brasileira do Papelão Ondulado, apenas em julho, o crescimento chegou a 8,16% em relação ao mesmo mês de 2019

A indústria de papelão e embalagem foi um dos poucos setores da economia que não sofreram impactos negativos em decorrência da pandemia do coronavírus. O segmento conseguiu se proteger da crise e está em franca extensão das atividades. A demanda por embalagens de papel foi impulsionada, principalmente, pelo avanço das compras no comércio eletrônico e dos pedidos de alimentos via delivery devido à quarentena.

Dados do mercado apontam que, no último semestre, várias indústrias tiveram aumento na produção para patamares acima do habitual, e a relação entre oferta e demanda já fez o custo das embalagens saltarem de 10% a 20% nesse período.

A produção de papelão ondulado – material mais grosso, usado em caixas de pizza e embalagens de eletrodomésticos, por exemplo – foi superior a 1,7 milhão de tonelada no primeiro semestre do ano, o que representa alta de 2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), apenas em julho, o crescimento chegou a 8,16% em relação ao mesmo mês de 2019, um recorde na série mensal da entidade.

“A retomada vem acontecendo, e a indústria começa a se reintegrar em direção a uma recuperação da economia”, declarou a ABPO, em nota. A associação ressaltou que os fabricantes de embalagens têm operado as atividades de forma ininterrupta desde o início da pandemia, devido ao fato de ser um setor essencial.

Nos seis primeiros meses do ano, o Brasil fabricou 357 mil toneladas de papel cartão – material mais fino, usado em embalagens de refeições ou caixas de chocolate –, o que significa uma alta de 1,4%, em relação ao mesmo período em 2019.

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que representa empresas de toda a cadeia produtiva, de árvores plantadas do campo às fabricantes de papel, também salientou que o mercado de papel para embalagens, principalmente para e-commerce e delivery, “está em plena retomada, após momentos mais críticos da pandemia, quando houve forte retração da demanda”.

Os dados do Ibá, no mês de junho, mostram que, com a reabertura gradual do comércio, a demanda nacional teve um rápido, reaquecimento “o que fez com que os pedidos por papel de embalagem subissem acima da média. Em alguns segmentos, o aumento chegou a 25%”. Nesse sentido, a entidade assegurou que não há risco de escassez do produto no mercado.

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