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Papel Tangará e HERGEN: inovação em produtividade e economia energética

Parceiras desde a fundação, as empresas realizarão o start-up da MP2 em meados de agosto

Fundada há 11 anos, a Papel Tangará é uma importante fabricante de papéis tissue que vem apresentando uma escalada crescente e contínua durante sua trajetória. Localizada em uma região estratégica no centro do estado de Santa Catarina, na cidade de Pinheiro Preto, conta, atualmente, com cerca de 60 funcionários. A companhia possui foco na produção de bobinas tissue para papel higiênico, guardanapos e papel toalha.

Papel Tangará – Município de Pinheiro Preto (SC)

Hoje, a empresa possui cerca de 14.800 m² de área construída e, para que a planta entrasse em operação, foram quase dois anos. A fábrica possui produção integrada, sendo capacitada para operar tanto com celulose de fibra curta, aparas ou qualquer mix que o mercado procure. Assim, a Papel Tangará garante a total qualidade dos produtos fabricados e, por essa razão, conta com a confiança de vários convertedores como clientes.

Desde a sua fundação, a Papel Tangará mais do que dobrou sua capacidade inicial, de 600 para 1.400 toneladas/mês, após investimentos em eficiência e inovação. Apostando em um novo projeto de expansão, a fabricante adquiriu uma Máquina de Papéis HERGEN, modelo EVO 16, com objetivo de dobrar a capacidade produtiva e diversificar o leque de produtos oferecidos, possibilitando o acesso a papéis de alta qualidade e de diferentes gramaturas a todos seus clientes.

Na esquerda MP#1 e na direita a Nova Máquina #2 de Papel EVo 16 Eco Hergen

Natural da cidade de Tangará, vizinha ao município de Pinheiro Preto, e com ampla experiência no setor de papel e celulose, o sócio-fundador Sidney Melotti conta que desde o início do empreendimento uma das principais parceiras da empresa é a HERGEN, especialista em máquinas e equipamentos para a indústria papeleira.

Esta parceria teve início com a implantação da MP1, para a qual foram fornecidos novos e importantes equipamentos, que permitiram não apenas o início das operações, como também um fator essencial de competitividade no mercado, pois a máquina proporcionou a produção de papéis de alta qualidade e excelente perfil.

Com isso, a Papel Tangará garantiu seu espaço no segmento e clientes cativos, que careciam de um fornecedor de papéis de qualidade para incrementar os seus portfólios, uma vez que anteriormente não conseguiam comprar bobinas de grandes fabricantes, que possuem em sua totalidade a produção verticalizada, sem disponibilizar o produto para venda aos convertedores.

Da esquerda para a direita: Sidney Melotti, Eliane Spricigo e Adelar Vian (sócios da Papel Tangará)

Além disso, poucos anos após a partida da MP1, a HERGEN realizou a substituição de alguns elementos principais, visando à melhoria de eficiência de secagem e qualidade superior dos papéis produzidos, como o Cilindro Yankee Smart Dryer ranhurado de 3660 mm de diâmetro e Caixa de Entrada hidráulica modelo inovaFlow. A atualização possibilitou expandir a produção de 600 m/min para 1.050 m/min em determinados tipos de papéis, patamar incomum se considerada uma máquina de mesa plana, com raros casos de operação encontrados no Brasil e exterior.

“Quando compramos a primeira máquina da HERGEN, já tínhamos em mente a compra de uma segunda máquina; porém, como para todo o mercado, os primeiros anos foram mais difíceis, pois começamos a empresa do zero, além de incertezas e dificuldades econômicas, e até uma pandemia tivemos que enfrentar”, lembrou Sidney.

Da esquerda para a direita: Vilmar Sasse (Comercial Hergen), Emilio Purnhagen (Diretor Hergen), Sidney Melotti (Diretor Papel Tangará ), Adelar Vian (Diretor Papel Tangará ) e William R. Santos (Gerente Geral Hergen)

PROJETO DE EXPANSÃO: INOVAÇÃO E ALTA PRODUTIVIDADE

Em 2019, a Tangará adquiriu sua segunda máquina com a HERGEN, uma Crescent Former, modelo EVO 16 Eco, com capacidade de produção de 2.100 toneladas mensais de papéis de alta qualidade, incluindo folha dupla. A MP2 foi projetada para operar a uma velocidade de até 1.600 m/min e produzir de 60 a 80 toneladas/dia, além de contar com um Cilindro Smart Yankee Dryer, com diâmetro de 4,88 metros ranhurado, fabricado em aço. Este cilindro yankee tem como diferencial a alta capacidade de transferência térmica, superior em mais de 35% se comparado a outros cilindros yankees do mercado, o que resulta em um aumento de capacidade produtiva proporcional a esse percentual.

Com foco no cliente e sempre na busca por novos padrões de sustentabilidade, a Papel Tangará e a HERGEN desenvolveram um sistema inovador de coifas para o cilindro Yankee na MP2. Trata-se de uma solução de recuperação do calor gerado pela caldeira para otimizar o sistema de secagem, baseado principalmente em trocadores de calor ar-ar com customização também na caldeira, projeto à parte da máquina EVO. Além da engenharia customizada, também foi empregada uma seleção de equipamentos que reduzem as emissões e aumentam a eficiência de secagem.

Vale ressaltar que a caldeira foi desenvolvida para reaproveitar os gases que seriam lançados na atmosfera após a queima do cavaco e a produção do vapor, o que promove mais sustentabilidade com a redução das emissões desses gases. Nesse processo, ao se adicionar uma quantidade de fogo extraído da fornalha, o ar que é injetado na capota é aquecido e, dessa forma, a capota realiza um aproveitamento térmico para auxiliar na secagem do papel, alcançando maior eficiência e redução de custos, já que, em vez de gás, é utilizada biomassa para a produção do ar quente.

Esse projeto opera com alta eficiência, baixa manutenção e gera significativa economia de energia em comparação aos sistemas tradicionais, minimizando os custos do combustível utilizado para aquecer o ar da capota.

O start-up da MP2 está previsto para este mês e deve trazer um resultado positivo imediato para a Papel Tangará, com velocidade superior e diversificação do portfólio de produtos oferecidos pela empresa.

“Com a MP2, o custo por tonelada produzida será reduzido, pois tem foco na economia energética, alta produtividade e utilizará uma tecnologia inovadora de recuperação de gases de alta temperatura da caldeira. Esses gases serão direcionados para a capota de secagem, aumentando assim a produção da máquina, ou seja, a energia térmica que seria desperdiçada na atmosfera será reaproveitada na fabricação do papel”, explicou Vilmar Sasse, coordenador comercial da HERGEN. “Acredito que essa solução possa ser o futuro do mercado, no que diz respeito a redução de custos e eficiência energética”, completou.

Para Sasse, a parceria com os clientes vai muito além da venda de uma máquina ou upgrade de equipamentos em operação, se estendendo para a realização do negócio de seu cliente – assim, se torna um diferencial que colabora para o sucesso da papeleira, gerando bons resultados e maior competitividade.

Com a expansão, a Papel Tangará projeta ampliar sua atuação, podendo até triplicar sua produção diária e solidificar ainda mais sua presença no mercado de tissue, fortalecendo assim sua parceria com convertedores por meio de uma entrega ágil e de qualidade.

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