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Um estudo realizado pelo Instituto Assaf revelou que, em 2013, 19 de 35 setores de empresas brasileiras listadas em Bolsa de Valores estão com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) abaixo do custo de capital, o que tecnicamente não compensa a tomada de financiamentos para novos investimentos.
Entre os diversos setores, está o de papel e celulose com queda de 1,8%. O setor teve um retorno ruim no ano passado e aumentou seu passivo oneroso de 40% em 2012 para 41,9% em 2013. O levantamento apontou também que 11 setores aumentaram seu passivo oneroso (endividamento) de 2012 para 2013, como o de cultivos da natureza e ferrovia com 1,7% e 3,1%, respectivamente.
No geral, o passivo oneroso (endividamento) sobre o ativo total das companhias brasileiras listadas cresceu de 27,1%, em 2012; para 27,2%, em 2013. “O endividamento das empresas brasileiras cresceu, mas ainda está abaixo dos padrões mundiais por causa dos juros altos. O lucro líquido das empresas caiu de 8,91%, em 2012; para 7%, em 2013; para uma redução de apenas 0,95% nas receitas”, detalhou o pesquisador do instituto, Fabiano Guasti Lima.
Com isso, a tendência é que estes setores só voltem a investir de forma sustentável quando os juros dos financiamentos estiveram mais baixos. O cenário mais propício deve se configurar em 2015, quando as condições macroeconômicas como inflação controlada e ajustes nas contas públicas possam inverter o sinal de alta do custo de crédito.
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