Melhoramentos chega aos 135 anos inovando e comprometida com a agenda ESG
Companhia multinegócios celebra seu legado de pioneirismo e reafirma o compromisso com inovação, sustentabilidade e impacto positivo

Fundada como Companhia Melhoramentos de São Paulo em 12 de setembro de 1890, a Melhoramentos chega aos 135 anos como uma companhia multinegócios de capital aberto com atuação nos setores editorial (Editora Melhoramentos), de base florestal renovável (Melhoramentos Florestal), desenvolvimento imobiliário (Altea) e embalagens sustentáveis (Biona). Segue como uma das empresas brasileiras mais longevas e, ao mesmo tempo, inovadoras do país, reafirmando seu compromisso com a agenda ESG ao acelerar soluções para substituir materiais fósseis por soluções renováveis da base florestal. Neste ano, esse compromisso ganhou destaque com o lançamento da embalagem sustentável Biona, produzida na nova fábrica inaugurada em junho, em Camanducaia (MG).
A Melhoramentos também chega aos 135 como uma Empresa B certificada, movimento que reconhece organizações alinhadas a altos padrões sociais, ambientais e de governança, avaliando cinco pilares: Governança, Trabalhadores, Comunidade, Meio Ambiente e Clientes.
AMPLIAÇÃO DOS NEGÓCIOS
Biona chega ao mercado em 2025 como um marco no setor de embalagens. Primeira embalagem produzida no Brasil em grande escala a partir da fibra de celulose, apresenta alto desempenho e tecnologia de barreira exclusiva, oferecendo uma excelente experiência de uso para o consumidor final, com qualidade e preço competitivo para substituir o plástico de uso único. Contribui para redução do impacto ambiental por ser compostável em 75 dias e apresentar o menor índice de emissões de gases de efeito estufa entre embalagens avaliadas, conforme estudo de Análise de Ciclo de Vida realizado.
As novas embalagens têm como foco inicial atender o setor de alimentos. São resistentes à gordura, umidade e temperaturas extremas – do freezer ao forno (220°C) e aparelhos airfryer. Com investimento de R$ 40 milhões, apoiado pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, a fábrica tem capacidade inicial de 60 a 80 milhões de unidades por ano, com soluções personalizadas de acordo com a necessidade de design de cada cliente.
Em 2025, a Melhoramentos Florestal anunciou também a entrada no mercado de comercialização de mudas clonais de eucalipto. A empresa, que já produzia cerca de 1,5 milhão de mudas por ano para seu negócio de fibra de celulose de alto rendimento, matéria-prima essencial para fabricação de embalagens e papel tissue (papel toalha, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, etc.) – ampliou sua produção de mudas de eucalipto, inicialmente, em mais 1 milhão de unidades, que serão destinadas exclusivamente à comercialização no mercado interno para atender, principalmente, aos segmentos de produção de papel e de biomassa.
No segmento editorial, a Editora Melhoramentos comemora lançamentos expressivos ao longo do ano, como: “O Caminho das Sete Tias”, uma obra póstuma e inédita de Ziraldo; o box exclusivo com a trilogia do clássico “O Meu Pé de Laranja Lima”, “De Onde Nascem as Perguntas?”, de Alexandre Coimbra Amaral, entre outras obras que já estão entre os principais lançamentos do ano.
Com uma área de 152 milhões de m², localizada próxima aos principais centros urbanos dos estados de São Paulo e Minas Gerais, a empresa lançou em 2024 a sua unidade de negócios de desenvolvimento imobiliário Altea, que conduz iniciativas de infraestrutura e urbanismo para empresas e investidores que valorizam qualidade, responsabilidade social e ambiental. Atuando em múltiplos segmentos, como logística, indústria, residencial, turismo e serviços ambientais, Altea oferece soluções completas e sustentáveis, alinhadas às necessidades e expectativas do mercado.
“Há 135 anos, a Melhoramentos escolhe todos os dias construir mais que negócios. Escolhemos construir futuro como agente transformador, por isso, preservar o meio ambiente é parte estratégica do nosso negócio e que tem nos proporcionado pioneirismos e inovações ao longo da nossa trajetória. Cada negócio que conduzimos está sempre alinhado com nosso propósito de `Fazer crescer para melhorar o amanhã´. Essa é nossa estratégia de crescimento”, destaca o CEO da empresa, Rafael Gibini.
PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO
A Melhoramentos mantém um patrimônio ambiental de 79 milhões de m2 (equivalente a 49% da sua área total) de florestas dedicadas à preservação – incluindo a Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN Parque Levantina, com 23 milhões de m2 de Mata Atlântica localizada em Camanducaia e Monte Verde (MG) – e 819 nascentes monitoradas e preservadas em seus territórios. Suas campanhas de monitoramento da mastofauna identificaram 25 espécies de mamíferos silvestres, sendo 10 espécies citadas em listas de fauna ameaçada de extinção, evidenciando o papel das unidades de manejo na preservação da Mata Atlântica.
Outro ponto importante é que a presença de espécies sensíveis a alterações ambientais é um forte indicativo de que a comunidade de fauna se encontra bem estabelecida, visto que foi observada a presença de espécies carnívoras topo de cadeia alimentar, como a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis).Também foram registradas 59 espécies pertencentes a 32 famílias botânicas, sendo três delas classificadas como vulneráveis, segundo o Ibama: Araucaria angustifólia Kuntze (Pinheiro Brasileiro), Melanoxylon brauna Schott (Brauna), Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer (canela-sassafrás).
Ao longo de sua trajetória, a Melhoramentos tem contribuído para o desenvolvimento das comunidades onde atua, promovendo a cidadania, investindo no desenvolvimento social e apoiando a melhoria da qualidade de vida da população.
A Escola Rural Particular Alice Weiszflog, fundada em 1948 em Camanducaia (MG), foi uma das primeiras ações da empresa em prol da comunidade. Já formou mais de 10 mil alunos e, atualmente, oferece, em parceria com a prefeitura, Ensino Fundamental completo, gratuito e de qualidade a cerca de 200 alunos por ano. Também realiza oficinas de artesanato para a comunidade, o que pode contribuir com aumento da renda familiar.
A escola também conta com o Projeto Eco Melhor – desenvolvido desde 2010 e estendido às demais escolas da região, com o objetivo de promover a consciência ambiental por meio de palestras e atividades práticas como o projeto “As Árvores e o Equilíbrio Climático – Conhecer para Preservar”.
Além dessas iniciativas, a Melhoramentos desenvolve os projetos: Melhor Mel – para apicultores da região, com seus apiários instalados nas áreas da empresa; Cata do Pinhão – para a comunidade coletar e comercializar os frutos das araucárias nas reservas da empresa, em Camanducaia (MG), gerando renda extra; Biblioteca Comunitária Alfried Theodor Weiszflog – em Camanducaia, para incentivo à leitura pela comunidade e Orquestra Filarmônica de Caieiras – apoiada pela empresa para aproximar a música da comunidade.
MELHORAMENTOS 135 ANOS – HISTÓRIA QUE INSPIRA. INOVAÇÃO QUE TRANSFORMA
A empresa, que nasceu no Brasil do século XIX, passou por momentos históricos, incluindo duas grandes pandemias (Gripe Espanhola/1918 e Covid/2019) e duas Guerras Mundiais, entre tantos outros acontecimentos, sempre com o foco em preservar seus maiores valores: gerar impacto positivo para o meio ambiente, continuar a colaborar com o fomento da cultura, educação e desenvolvimento socioeconômico responsável no país.
Às vésperas de sua morte, em setembro de 1942, Alfried Weiszflog, um dos fundadores da Melhoramentos, já antecipava a vocação sustentável da empresa ao definir novos rumos, a partir da produção de fibras de alto rendimento. Essa seria a nova estratégia e a maior contribuição da empresa para tornar o Brasil independente de importações e com uma produção consciente, o que ampliaria o desenvolvimento gráfico, editorial e educacional do país, conforme ele registrou na ocasião: “Terra é sempre terra. Vamos comprar, replantar e não somente usufruir. Vamos reflorestar”.
O INÍCIO DE UMA JORNADA CENTENÁRIA DE SUCESSO
Em 1877, Antônio Proost Rodovalho fundou a Companhia Cantareira de Esgotos dedicada à construção de redes de saneamento e à urbanização da cidade de São Paulo. Uma das obras mais conhecidas da Companhia é o reservatório da Consolação com 6.500 m³ de água entregue à cidade de São Paulo em 1878. Em 1887, o grupo começa a construção da sua fábrica de papel e, em 1890, a Companhia Melhoramentos é fundada por Rodovalho. O novo nome refletia o objetivo de trazer avanços e melhorias para a cidade de São Paulo.
Quatro anos depois, Otto Weiszflog, um jovem alemão que teria papel decisivo no futuro da Companhia, chega à São Paulo e entra para o ramo gráfico. Seu irmão Alfried Weiszflog chega ao Brasil em 1896 e segue seus passos. Ambos vão trabalhar como funcionários na gráfica que depois é por eles adquirida.
Em 1900, a Melhoramentos de Rodovalho passa a fornecer papel à gráfica dos Weiszflog, que em 1906 foi rebatizada como Weiszflog e Irmãos – Estabelecimento Gráfico. Em 1915, a Editora publica O Patinho Feio, primeiro livro impresso em quatro cores no Brasil. Enquanto isso, a Companhia Melhoramentos de Rodovalho elevava sua produção de papel, chegando a mais de 1 milhão de quilos do produto em 1919.
Em 1920, a Weiszflog Irmãos reúne capital e adquire a Companhia Melhoramentos, agora nomeada Companhia Melhoramentos de São Paulo. Com o lema Da Árvore ao Livro, a Melhoramentos parte para a sua verticalização: começa a construir um extraordinário banco de terrenos em Caieiras para o cultivo sustentável das florestas necessárias à fabricação de papel.
A partir de 1946, a Companhia começa a produzir celulose a partir do eucalipto de suas florestas. Um ano mais tarde, a celulose de eucalipto atinge alto padrão e começa a ser usada na confecção de papéis nobres e para impressão. Nas décadas que se seguem, a Companhia entra no segmento de fabricação de papéis toalha e higiênico. A fábrica de papéis passou a também produzir papéis de imprimir e escrever, sendo uma boa parte utilizada em sua gráfica em São Paulo para a fabricação dos famosos cadernos Melhoramentos.
Em 1921 começa a construção da filial fábrica e gráfica da Melhoramentos na Lapa, que em 2009 teria sua área administrativa tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) em reconhecimento pela impressão de papel moeda e o legado da Melhoramentos para a cidade de São Paulo. Em 2018, o imóvel passou por um projeto arquitetônico transformando-se na Casa Melhoramentos, que, além da sede da Companhia, conta com áreas de convivência, coworking, auditório e amplos espaços para eventos.
Em 2021, a Melhoramentos anunciou a renovação do seu posicionamento estratégico ao mercado, orientado para produtos que trazem impacto positivo para o meio ambiente, ampliação da cultura e educação no país e desenvolvimento socioeconômico responsável. O novo modelo de gestão é regido através de uma governança corporativa forte, independente e amparada por uma cultura corporativa de transparência e orientada a pessoas.
Com o corpo executivo de alto nível renovado e, aliado a um novo conselho de administração composto por cinco membros independentes e cinco membros acionistas, o reposicionamento da Melhoramentos traz um novo olhar para os negócios atuais e futuros, sempre conectando com o propósito de fazer crescer para melhorar o amanhã da sociedade e honrando seu passado de inovações e pioneirismo.
Legado de pioneirismos, inovações e contribuições da Melhoramentos em 135 anos de atuação no Brasil
- Produziu os cadernos para ensino e prática da escrita (1909).
- Publicou o primeiro livro impresso em quatro cores no Brasil, “O Patinho Feio”, em 1915, adaptado por Arnaldo de Oliveira Barreto, do texto original Hans Christian Andersen e ilustrado por Franz Richter.
- A mais antiga licenciada Disney no Brasil (primeiro contrato entre ambas as empresas foi assinado pelo pai de Alfredo Weiszflog e por Walt Disney, em pessoa, em 1943).
- Editou a Analytico-Synthética (1916-17).
- Iniciou a fabricação de confete e serpentina para o Carnaval (1919).
- Iniciou primeira produção de papel higiênico no Brasil, o Sul América (1928).
- Imprimiu o dinheiro para o governo constitucionalista de São Paulo (1932).
- Utilizou celulose, a partir do eucalipto, para a produção de papéis nobres, um feito de repercussão mundial para a indústria brasileira (1946).
- Em 1948 passou a pagar o descanso semanal remunerado aos seus funcionários, antecipando o que se tornaria a lei 605 em maio de 1949.
- Fundou e mantém até hoje a Escola Rural Particular Alice Weiszflog (1948), que é referência em educação de qualidade em Camanducaia (MG), onde a empresa mantém sua unidade de produção e já formou mais de 10 mil crianças desde sua inauguração. Em 2021, a escola tornou-se signatária do Movimento Escolas pelo Clima, iniciativa criada pela Reconectta em parceria com o The Climate Reality Project, reforçando seu compromisso com a educação ambiental, a agenda climática, e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
- Tornou-se fornecedora exclusiva de serviços gráficos para Encyclopedia Britannica do Brasil, editora também da Barsa (1971).
- Foi a primeira exportadora brasileira de cadernos escolares (1980);
- Primeira fábrica de CTMP no mundo a produzir partindo do eucalipto (1979).
- Lançou o primeiro dicionário digital no Brasil (1990) que podia ser instalado em um PC em “apenas” 27 minutos.
- Em 2009, a Editora Melhoramentos lançou o primeiro dicionário para leitura em iPhone, iPad e iPod Touch do país.