Klabin pretende investir R$ 950 milhões em 2017

A Klabin deverá investir R$ 950 milhões ao longo deste ano, valor que se compara a R$ 2,57 bilhões desembolsados no ano passado, queda que reflete o encerramento dos aportes na nova fábrica de celulose em Ortigueira (PR).
De acordo com o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman, ao longo do primeiro semestre serão efetuados os últimos desembolsos relativos ao projeto. A maior parte do valor orçado, por sua vez, refere-se a manutenção, silvicultura e parte dos projetos de alto retorno já aprovados.
Em relação à alavancagem financeira, que permanece elevada na esteira do investimento de cerca de R$ 8,5 bilhões na fábrica de celulose, o executivo destacou que houve alguns fatores não recorrentes que reduziram o ritmo de desalavancagem no quarto trimestre, entre os quais a compra de duas empresas de embalagens. Em dezembro, a dívida líquida da companhia equivalia a 5,2 vezes o Ebitda anualizado, frente a 5,1 vezes no encerramento do terceiro trimestre.
A partir de agora, observou o executivo, a companhia entrará em um processo de desalanvancagem “que ocorrerá em qualquer cenário de câmbio ou preço”. “Que poderá ser mais ou menos intensa dependendo desses fatores, mas vai acontecer de maneira cada vez mais veloz a partir de agora”, disse, em teleconferência com analistas.
Máquina de cartões
Schvartsman voltou a afirmar que a estratégia da companhia contempla a construção de uma nova máquina de cartões, mas o prazo para execução do investimento permanece indefinido.
“Não se faz um investimento [em cartões] sem que se tenha forte garantia de que os clientes comprarão a capacidade dessa máquina. Já estamos em negociação e quando tiver segurança de que a demanda dessa máquina estará tomada, o investimento será feito”, disse.
‘Efeito Trump’
Questionado sobre potenciais impactos da gestão do novo presidente americano, Donald Trump, nos mercados em que a companhia atua e na decisão de investir em uma nova máquina de cartões, o diretor-geral da Klabin disse que a empresa “vai observar como serão as políticas americanas em relação às importações”.
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