Kimberly-Clark não conseguirá atender prazo para remoção de plásticos em lenços umedecidos no Reino Unido
Sindicato United critica a decisão, que resultará no fechamento de fábricas e na transferência da produção para a Alemanha, solicitando mais tempo para alternativas sustentáveis
A Kimberly-Clark, multinacional norte-americana de produtos de cuidados pessoais e bem-estar, anunciou que não conseguirá atender ao prazo estipulado pelo governo do Reino Unido para a remoção de plásticos de seus lenços umedecidos até meados de 2026. As fábricas da empresa, que produzem uma variedade de produtos de papel, têm previsão de fechamento em 2025, e a produção dos lenços umedecidos será transferida para a Alemanha.
O sindicato United criticou a decisão e solicitou mais tempo, informando que o fechamento das fábricas teria um impacto “catastrófico” para a cidade. Em um comunicado, a Kimberly-Clark destacou que não é mais viável manter suas unidades de produção para consumidores e clientes B2B em operação.
Sharon Graham, secretária-geral da United, declarou: “A United lutará para reverter essa decisão e pede ao governo que intervenha para tentar salvar esses empregos vitais. Essa decisão, tomada de forma tão precipitada, não pode ser aceita”. O sindicato solicitou um período adicional para que os fabricantes possam desenvolver alternativas ambientalmente amigáveis e evitar a perda de empregos.
A Kimberly-Clark ressaltou que, apesar de a eliminação dos plásticos de seus lenços umedecidos para bebês ser um componente essencial de seus planos de sustentabilidade, a adaptação dos processos de fabricação na unidade de Flint não é viável dentro do prazo estipulado. A empresa também declarou que “decisões que envolvem nossos funcionários são as mais difíceis de tomar e sabemos que este é um período desafiador para nossa equipe”.