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Kimberly-Clark aposta em ferramentas digitais para gestão de carreiras

O processo de digitalização e a consolidação dos novos modelos de trabalho levaram a multinacional a reestruturar sua estratégia de recursos humanos

O intenso processo de digitalização e a consolidação dos novos modelos de trabalho têm levado diversas empresas a mudarem sua estratégia na gestão de carreiras e contratação de talentos. É o caso da multinacional de bens de consumo Kimberly-Clark, que, a partir da pandemia, começou a usar novas ferramentas de RH na movimentação de seus colaboradores.

“No passado, quando eu ia fazer a movimentação de um colaborador, como uma promoção, eu precisava de outras duas ou três áreas me apoiando e o processo demorava dias, às vezes até semanas. Hoje, eu ingresso na ferramenta e faço tudo sozinho em uma hora”, explica Felipe Balbino, diretor de recursos humanos da Kimberly-Clark.

De acordo com o executivo, investir em soluções digitais para o mundo corporativo ainda é uma grande oportunidade. “Ainda existe muito espaço para que as pessoas criem outras ferramentas que possam aperfeiçoar processos como esse”, avalia.

Além da questão tecnológica, o diretor de RH destaca o crescimento dos modelos “Agile”, que utilizam a metodologia ágil para criar novas estruturas organizacionais e conceitos que tornam equipes e empresas mais eficientes. “Eu posso conectar esse modelo com desenvolvimento, com treinamento para as pessoas… É uma pauta que tem um mundo gigantesco de oportunidades”, afirma.

O digital trouxe, ainda, outras mudanças importantes para o setor de recursos humanos, como a quebra do paradigma de que os colaboradores devem viver na mesma localidade onde trabalham. Com a popularização dos modelos de trabalho remoto e, agora, híbrido, abriu-se a possibilidade da admissão de profissionais que moram em cidades e até países distantes dos escritórios da empresa.

Assim, o endereço passou a ser um critério secundário na organização, tanto no recrutamento quanto na gestão de carreira. “Há pouco mais de dois anos, pararas pessoas pensarem suas carreiras fora do Brasil, por exemplo, elas tinham que se mudar. Hoje, elas conseguem trabalhar de qualquer lugar. Nosso diretor de TI recebeu a proposta para uma posição global. No passado, ele teria que ir para os Estados Unidos. Neste momento, ele pode fazer a posição com base no Brasil”, exemplifica Balbino.

No caso dos colaboradores que moram nas mesmas cidades dos escritórios da Kimberly-Clark, a multinacional também adota um regime bastante flexível. Como retorno às atividades presenciais, a empresa adotou a exigência mínima de 40% de presença no escritório – percentual que pode ser cumprido de diferentes formas, geralmente combinadas entre os times, como dois dias por semana no escritório, ou as manhãs no escritório e o período da tarde em home office.

DIVERSIDADE

Para Balbino, o recrutamento digital oferece outros importantes benefícios, como o aumento da diversidade e da inclusão nos processos seletivos. Nesse sentido, a companhia vem realizando entrevistas para o programa de estágio com a câmera dos candidatos fechada.

“Com esta decisão de deixar apenas a câmera do entrevistador aberta, nós queremos tirar os vieses inconscientes das pessoas. Queremos que, no momento da entrevista, haja um melhor entendimento de quem é aquele candidato é do que ele traz independente da aparência física”, conta.

Outra escolha do RH da Kimberly-Clark para mitigar o viés inconsciente e realizar contratações cada vez mais diversas é a de preservar a informação sobre qual é a universidade cursada pelo candidato.

Fonte
Yahoo
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