International Paper: indústria papeleira também é para elas
Empresa tem entre suas metas a inserção da mulher em todos os níveis, por meio de sua área de Diversidade & Inclusão
De acordo com o Portal ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), as mulheres correspondem a 32% da força de trabalho da indústria. Essa participação feminina cresceu 14,3% em duas décadas, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Nesse mesmo período, o segmento de Papel e Gráfico foi um dos que tiveram maior crescimento, com 24,7%.
A International Paper tem entre suas metas a inserção da mulher em todos os níveis, por meio de sua área de Diversidade & Inclusão e mais especificamente pelos Núcleos de Mulheres na Operação, liderado por Suzana Kaneco, gerente geral da unidade de Três Lagoas (MS), e o Diversidade na Liderança, que tem à frente Fernanda Galamba, gerente de Suprimentos. O objetivo é aumentar, até 2030, o número de profissionais do sexo feminino em 50% no administrativo e em 30% na empresa como um todo.
“Buscamos entender quais são os fatores que limitam a entrada e o desenvolvimento das mulheres neste segmento e, com base nesse diagnóstico, fazer todas as adequações necessárias para que isso não seja uma barreira”, comenta Kaneco.
A coordenadora de Diversidade e Inclusão da IP, Gabriela Tonon, defende que desmistificar certos temas é essencial para que ocorra uma mudança efetiva. Ela explica que a IP promove rodas de conversa para conhecer melhor o perfil das mulheres que atuam na companhia, esclarecer suas dúvidas e de seus colegas de trabalho e criar um ambiente mais inclusivo para todos.
“Queremos que as mulheres saibam que o mercado de trabalho na indústria papeleira é para elas também. Para isso, estamos fazendo todas as mudanças necessárias, tanto no âmbito estrutural, com a construção de mais banheiros e vestiário femininos, e salas de amamentação; bem como no âmbito conceitual, com muita conversa e conscientização”, ressalta Tonon.
Para chegar a esse estágio, a IP desenvolveu um mapa de acessibilidade a fim de compreender as medidas necessárias para que os cargos operacionais dentro da organização sejam acessíveis a todos, independentemente do gênero. “Neste processo, desenvolvemos um projeto piloto de mentoria com algumas mulheres da empresa e que vem gerando resultados bastante positivos”, conclui Kaneco.
A IP afirma que o objetivo é colher os frutos desse trabalho nos próximos anos e, cada vez mais, incentivar a entrada de mulheres na empresa, em áreas e cargos que considerem relevantes para sua trajetória profissional. No que depender da companhia, salienta Tonon, elas encontrarão um ambiente preparado e aberto para recebê-las com igualdade.