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Instabilidade econômica pode fortalecer consumo de marca própria

Mais preocupado com a economia, o consumidor brasileiro tem se mostrado menos leal às marcas e buscado preços mais atrativos, diz pesquisa da NIQ

Uma pesquisa realizada pela NIQ – antiga Nielsen – para entender o comportamento do consumidor e o cenário atual para o varejo brasileiro, identificou que, mesmo após a pandemia de Covid-19, o Brasil passa por um momento econômico ainda desafiador.

Diante da perda do poder compra nos últimos anos, o consumidor brasileiro está se mostrando menos leal às marcas e tem adotado um comportamento muito mais flexível em relação ao preço – o que pode fortalecer o consumo de marca própria.

Segundo o estudo, a inflação no Brasil ainda é alta e persistente nos gastos do dia a dia, a confiança do consumidor ainda está baixa – indicando retração e em nível inferior a 2019 – e a renda média do trabalhador ainda está em patamar inferior ao período anterior à pandemia.

“Temos um consumidor que quer comprar, que quer sair da pandemia, mas ainda tem um bolso apertado. Por isso, temos um consumidor menos leal a marcas e muito mais elástico ao preço, que tem de fazer escolhas e olha mais para o preço”, diz Roberto Butragueño, diretor de Serviços de Varejo da Nielsen no Brasil.

Ainda segundo o diretor do instituto, o brasileiro está menos leal também aos canais de compra e optando por comprar em diferentes lojas on-line. Em 2006, as pessoas compravam em média, em três lojas diferentes de e-commerce – atualmente, esse número subiu para nove e a tendência é se manter em crescimento.

Além disso, a lealdade não é o único fator determinante na mudança de comportamento dos consumidores, já que há uma gama maior de opções disponíveis. “O consumidor tem mais alternativas de onde comprar e isso faz com que a lealdade seja mais desafiada”, completa.

MUDANÇAS NO PERFIL DO CONSUMIDOR

Durante a Semana do Consumidor, o item mais vendido pela varejista Amazon foi o papel higiênico, que registrou um aumento de vendas de mais de 40% em comparação com o mesmo período de 2021.

Os dados registrados destacam uma mudança no consumo digital. Nos últimos dois anos, o e-commerce passou por forte popularização, em meio à pandemia de Covid-19, e o número de brasileiros que fazem compras regulares na internet subiu de 79,7 milhões em 2020 para 106,9 milhões em 2022.

Outro fenômeno observado foi a democratização dos consumidores. Apesar de o e-commerce ainda estar muito concentrado nas regiões Sudeste e Sul, os maiores crescimentos no segmento têm sido registrados no Norte, onde a região também se destaca pelo maior ticket médio.

O Sudeste ainda representa 55% das vendas no país, mas a variação em relação a 2021 foi de apenas 0,4% e o ticket médio caiu 6% – de R$ 417 para R$ 394. Já a região Norte foi responsável por apenas 4% do faturamento em 2022, mas seu crescimento foi de 18%, com um ticket médio de R$ 586.

Fonte
Infomoney
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