
Encontro foi promovido pela Fiemg, que está selecionando as companhias capazes de prestar serviço à multinacional. Expectativa é que a fábrica gere mais de mil empregos
Empresários de várias cidades do Triângulo Mineiro participaram, na última terça-feira, 18, em Araguari, Minas Gerais, de uma reunião para apresentação de processos de contratação de prestação de serviços pela LD Celulose. O evento foi realizado pela Federação das Indústrias do estado de Minas Gerais (Fiemg).
A construção da fábrica na região foi iniciada em agosto de 2019 e tem investimento total de R$ 4,5 bilhões. A previsão é que sejam gerados 1,1 mil empregos diretos.
“O empreendimento está tomando corpo, e nós precisamos receber essas propostas de maneira organizada, para entender a capacidade que cada um tem de oferecer os serviços, e podermos agilizar essas contratações. Faz parte da estratégia da empresa utilizar o máximo possível os serviços dos empresários da região”, explicou o diretor financeiro da LD Celulose, João Batista Servilha.
De acordo com a Fiemg, o próximo passo é a triagem de capacidade de cada empresa, e só as melhores qualificadas estarão presentes na próxima fase de negociação, prevista para o dia 12 de março.
“Nós vamos identificar na LD Celulose quais são as demandas da empresa, quais as exigências para contratação e transmitir isso para todos os possíveis fornecedores. Através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a federação vai preparar os funcionários para as atividades”, afirmou o presidente da Fiemg, Pedro César Spina.
LD CELULOSE
Joint Venture (empreendimento conjunto) formada pela brasileira Duratex e pela austríaca Lenzing, a LD Celulose está construindo uma fábrica de matéria-prima para a produção de tecidos entre Araguari e Indianópolis.
A fábrica está sendo construída em uma área de 150 hectares, o equivalente a 210 campos de futebol. O investimento total é de R$ 4,5 bilhões, divididos em três etapas: terraplanagem, drenagem e iluminação; construção da fábrica; e operação florestal e industrial.
A expectativa é que a obra seja entregue em 2022, e gere 1,1 mil empregos.
IMPASSE
A instalação da fábrica gerou impasse. O prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, demonstrou preocupação quanto ao despejo de rejeitos gerados pela empresa no Sistema de Captação de Água Capim Branco.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi acionado e realizou audiência pública para buscar solução para o impasse. Vereadores de Araguari chegaram a aprovar moção de repúdio ao prefeito de Uberlândia.
Em setembro de 2019, a promotoria de Justiça de Defesa do Cidadão instaurou uma investigação preliminar, e suspendeu as atividades da companhia na área. No mesmo mês, as obras receberam autorização após a conclusão de relatórios apresentados por entidades ambientais.
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