
Um
A competitividade foi o foco principal deste primeiro ano, deflagrado em um momento turbulento, às vésperas da Copa do Mundo e de eleições presidenciais. A nova entidade foi extremamente demandada desde o início, para que temas prioritários fossem inseridos nas agendas dos candidatos e mantidos na pauta da presidente eleita: além da competitividade, segurança jurídica, incentivos para a economia verde e novas tecnologias.
Unidos sob uma só bandeira, os diversos segmentos que tem em comum as árvores plantadas logo colheram resultados positivos. Um dos principais no âmbito institucional veio em dezembro de 2014, com o Decreto Presidencial que transferiu o locus institucional da atividade do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Com isso, o planejamento, a implantação e a avaliação da Política Agrícola para Florestas Plantadas passam a ser coordenados pelo MAPA, de forma integrada às demais políticas ligadas principalmente ao agronegócio. Além disso, será elaborado no MAPA ao longo dos próximos 10 anos o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDFP), que vai nortear a Política Agrícola para Florestas Plantadas.
Em abril, a Ibá assinou o Termo de Cooperação Técnica e Financeira para Implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), iniciativa do MMA para agilizar a implementação do CAR. Em parceria com a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) entre outros parceiros privados, o convênio vai mapear mais de quatro mil municípios brasileiros – passo fundamental para o setor e o País.
Durante todo o seu ano inaugural, a Ibá se preparou para o grande encontro mundial programado para dezembro em Paris, quando um desafio cada vez mais presente para a humanidade será enfrentado pela comunidade global. Trata-se da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, que vai definir um novo acordo internacional para mitigar os efeitos do aquecimento global. A Ibá participa de diversos fóruns que vem elaborando propostas para contribuir com a construção dos compromissos que o governo brasileiro deverá assumir nesse encontro.
Um dos principais esforços que tem apoio e participação da Ibá é a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, criada em dezembro de 2014 reunindo lideranças do setor privado e organizações não governamentais (ONG’s). As propostas da Coalizão, que visam valorizar o papel das florestas e dos produtos de base florestal, plantada e nativa, para a mitigação das mudanças climáticas, serão entregues aos negociadores do governo brasileiro na COP21 e apresentadas internacionalmente.
Competitividade – Na busca por ganhos de competitividade, uma importante conquista foi o retorno do Reintegra ao mercado como medida permanente e a inclusão da celulose, do painel de madeira e do piso laminado nesse mecanismo, embora o governo tenha reduzido a alíquota em 2015.
As desonerações de bens de capital e da folha de pagamentos, de forma permanente, também trouxeram resultados importantes, apesar de esta última medida estar sendo revista pelo governo dentro dos atuais ajustes fiscais. Os pleitos da Ibá levaram à redução do imposto de importação de bens de capital, resultando na desoneração total de mais de R$8 milhões de dólares ao longo do último ano.
A Ibá também obteve ganhos de competitividade graças ao combate permanente à concorrência desleal. Exemplos são a negociação para a regulamentação do RECOPI Nacional nos estados signatários do sistema de controle, assim como a adesão de novos Estados. Dezenove estados brasileiros, além do Distrito Federal, já aderiram ao sistema.
A Ibá completa seu primeiro ano de vida como integrante do Conselho Consultivo do Setor Privado da CAMEX, a Câmara do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que vai influir na construção da política brasileira para o fomento das exportações. E, com um grande salto internacional, assumiu em 5 de maio a presidência do principal órgão institucional da indústria florestal no mundo, o International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA). Assim, os pleitos e posicionamentos brasileiros passam a ter vez e voz também no plano global, um justo reconhecimento ao peso e importância alcançados pelo Brasil perante seus competidores internacionais.
É com muita honra e enorme satisfação que completamos este primeiro aniversário à frente da Ibá, de sua valorosa equipe e de um setor que tem seu valor para a sociedade e o País cada vez mais reconhecido. Vamos comemorar um ano de conquistas, lembrando sempre que temos pela frente um cenário ainda mais desafiador, repleto de incertezas, que vão continuar exigindo o máximo de todos nós para que a indústria de árvores plantadas siga realizando todo o seu potencial, contribuindo para um futuro mais positivo para todos.
Iba