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Fusão entre Suzano e Fibria depende de aprovação europeia

Órgãos reguladores dos Estados Unidos, China e Turquia já aprovaram a operação, sem restrições. Na Europa, a companhia havia feito apenas o pré-arquivamento do pedido.

A Suzano Papel e Celulose deu mais um passo importante para consumar a operação que vai combinar seus negócios com os da Fibria. A companhia protocolou anteontem na Comissão Europeia o pedido de análise da transação, que pode ser concluída ainda em 2018. Caso o órgão antitruste europeu se posicione já na primeira fase de análise, a decisão poderá ser conhecida em 35 dias úteis.

Órgãos reguladores dos Estados Unidos, China e Turquia já aprovaram a operação, sem restrições. Na Europa, a companhia havia feito apenas o pré-arquivamento do pedido. No Brasil, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda não anunciou sua decisão, mas todas as etapas anteriores foram cumpridas, segundo uma fonte ouvida pelo Valor.

Oficialmente, não há expectativa de prazo sobre o Cade. Mas a avaliação, entre fontes de mercado, é a de que tanto o órgão regulador europeu quanto o brasileiro podem anunciar uma decisão antes de 15 de novembro, prazo informado pela própria Comissão Europeia em seu site para esse caso. Após o aval das autoridades, a Suzano vai listar ADRs (recibos de ações) na Bolsa de Nova York e a expectativa é a de que a transação seja concluída em até 45 dias.

O acordo firmado entre os controladores de Fibria e Suzano estabelece que o negócio poderá ser levado adiante mesmo que as autoridades antitruste determinem a venda de até 1,1 milhão de toneladas em capacidade instalada. Contudo, é crescente a percepção de que a fusão pode ser aprovada sem restrições ou apenas com algum remédio comportamental de impacto pouco significativo ante as sinergias geradas.

Há quase um mês, acionistas das duas companhias aprovaram a transação, em uma das etapas consideradas fundamentais para a consumação do negócio anunciado em 16 de março. À época, analistas apontaram que o aval dos investidores reduziu os riscos de a transação não ser concluída e que o fechamento da transação poderia ocorrer ainda neste ano. Antes, o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também deu seu aval aos termos da reorganização societária proposta.

No fim de setembro, a Suzano anunciou que reduziu de US$ 4,4 bilhões para US$ 2,2 bilhões o valor do empréstimo-ponte que faz parte da estrutura financeira para pagamento aos acionistas da Fibria – originalmente, o valor era ainda maior, de US$ 6,9 bilhões.

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