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Fibria anuncia quarto aumento de preços em 2015

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Os preços da celulose de eucalipto, uma especialidade dos produtores brasileiros, vão subir pela quarta vez em 2015. A Fibria, maior produtora mundial da matéria-prima, anunciou um reajuste de US$ 20 por tonelada válido para os três mercados globais de referência, a partir de 1º de setembro. Os outros três aumentos de preço do ano também foram de US$ 20 por tonelada.

Com o reajuste, o preço de referência da celulose de eucalipto será de US$ 920 por tonelada na América do Norte, de US$ 830/tonelada na Europa e de US$ 720 a tonelada na Ásia. Nesta semana, durante a 10ª conferência anual na América Latina da consultoria RISI, em São Paulo, Fibria, Suzano Papel e Celulose e da Eldorado Brasil indicaram que a tendência era de alta das cotações, diante do baixo nível dos estoques e da manutenção da demanda aquecida em todos os mercados.

Em relatório, os analistas Marcos Assumpção, Daniel Sasson e Carlos Eduardo Schmidt, do Itaú BBA, informaram que esperam preço médio para a celulose de fibra curta de US$ 775 a tonelada ao fim deste ano e de US$ 720 a tonelada ao fim de 2016. “Os altos preços da celulose em 2015 foram sustentados por: demanda de celulose de fibra curta mais forte do que o antecipado; uma maior utilização de fibra virgem, em comparação com o papel reciclado e fatores inesperados, como a paralisação da APP em Rizhao, na China”, escreveram.

Na China, além da procura cada vez maior pela fibra de eucalipto, contribui para a sustentação dos preços o fato de a indonésia April ter interrompido a produção de 1,8 milhão de toneladas por ano em Rizhao, por causa da seca que afeta a região. Não está claro em que momento haverá retomada da operação.

Nos Estados Unidos, a retomada da economia doméstica, ainda que lenta, tem sustentado o consumo de celulose. Na Europa, uma ligeira recuperação da indústria de papéis de imprimir e escrever e o bom desempenho dos segmentos de embalagens e tissue (papel para fins sanitários) formam um cenário favorável aos negócios.

Os analistas do Itaú BBA alertaram, porém, que não há expectativa de que a fábrica de Rizhao, permaneça fechada por muito tempo. Além disso, a Celulose Riograndense, da chilena CMPC, “provavelmente deve aumentar a pressão no lado da oferta, com uma produção de mais de 500 mil toneladas em 2015 e o dólar deve continuar a se fortalecer”, escreveram.

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