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Exportação de fibra sobe 12,6% em 2014

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As exportações brasileiras de celulose saltaram 12,6% em volume no ano passado, frente a 2013, para 10,6 milhões de toneladas, porém os preços mais baixos da matéria-prima reduziram o ritmo de expansão das receitas, segundo cenário setorial divulgado ontem pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne os produtores de celulose, papel, painéis e pisos de madeira e florestas no país. De janeiro a dezembro, conforme o levantamento, os embarques de fibra somaram US$ 5,3 bilhões (FOB), com crescimento de 2,2%.

A produção nacional de celulose, considerando-se as fibras curta e longa e pastas de alto rendimento, também mostrou avanço significativo no ano passado, de 8,8%, para 16,461 milhões de toneladas, na esteira do início de operação da nova fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz (MA), em 30 de dezembro de 2013. No último mês do ano passado, o volume produzido foi 12,1% maior, de 1,471 milhão de toneladas.

De acordo com a Ibá, em 2014, as receitas totais de exportação de celulose, painéis de madeira e papel alcançaram US$ 7,4 bilhões, 1,1% acima do registrado no ano anterior. O saldo da balança comercial do setor ficou positivo em US$ 5,5 bilhões, com crescimento de 2,8%. “A Europa se manteve como principal destino da celulose brasileira e foi responsável por aproximadamente 40% dessa receita, seguida pela China e América do Norte, respectivamente, com cerca de 30% e 20%. Os embarques para a China cresceram 8,2% no ano”, informou a associação.

Conforme o levantamento, que traz números preliminares, as exportações brasileiras de celulose subiram 9,4% em dezembro, em relação ao verificado um ano antes, para 980 mil toneladas. Já as vendas domésticas cresceram 9,5%, para 162 mil toneladas.

No segmento de papel, a Ibá informou que a produção local ficou praticamente estável em dezembro, com alta de 0,1% frente ao mesmo mês de 2013, para 887 mil toneladas. As vendas domésticas subiram 3,8%, para 518 mil toneladas, enquanto as exportações encolheram 7,4%, para 151 mil toneladas. As importações ficaram estáveis na comparação anual, em 78 mil toneladas.

No acumulado de 2014, as papeleiras brasileiras produziram 10,4 milhões de toneladas de diferentes tipos de papel, 0,4% abaixo do verificado em 2013. As vendas domésticas avançaram apenas 0,1%, para 5,7 milhões de toneladas, e as exportações caíram 1,1%, para 1,8 milhão de toneladas.

De acordo com o cenário da Ibá, a produção de painéis de madeira ficou em 668 mil metros cúbicos em dezembro, com alta de 0,8% ante o mesmo mês de 2013. As vendas no mercado interno recuaram 7,3%, para 524 mil metros cúbicos, e as exportações saltaram 30,4%, totalizando 30 mil metros cúbicos.

No acumulado do ano passado, a fabricação de painéis de madeira alcançou 8 milhões de metros cúbicos, alta de 1,1%; as vendas internas recuaram 2,2%, para 7,2 milhões de metros cúbicos; e as exportações tiveram alta de 20,6%, para 421 mil metros cúbicos.

Segundo a Ibá, “apesar do cenário macroeconômico brasileiro adverso em 2014, com desaceleração do crescimento e aumento da inflação, o setor de árvores plantadas manteve seus níveis de produção e registrou alta em alguns de seus principais indicadores, resultado de uma série de medidas de adequação adotada pelas indústrias do setor”.

Em relação às perspectivas da indústria, a presidente-executiva da entidade, Elizabeth de Carvalhaes, afirmou em nota que “2015 será um ano de importantes desafios para o setor, especialmente diante das medidas de ajuste fiscal que estão sendo anunciadas pela equipe econômica neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”. “A competitividade continuará sendo um tema constante na agenda do setor, principalmente para fazer frente aos principais mercados concorrentes internacionais, que estão cada vez mais competitivos”, disse.

Valor Econômico

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