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Segundo José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Brasil, todas as áreas da companhia apresentaram melhoria de desempenho e competitividade. Esses números fizeram da Eldorado a empresa com a melhor margem Ebitda do setor nos dois últimos trimestres de 2014. O Ebitda é o lucro bruto menos as despesas operacionais, excluindo depreciação e amortizações do período e os juros.
Em 2014, esse lucro foi de R$ 825 milhões, com margem de 38% sobre a receita líquida, 10 pontos percentuais a mais que no ano anterior, “o que resultou em um crescimento de 86% do Ebitda em comparação com o ano anterior”, completa o presidente.
Números – As vendas da empresa também apresentaram aumento de 35%, saltando de 1,15 milhão de toneladas em 2013, para 1,56 milhão de toneladas em 2014.
Em relação ao mercado internacional, as exportações representaram cerca de 89% das vendas totais em 2014, tendo como principais destinos China, Itália, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha.
O principal uso da celulose branqueada da Eldorado é para a produção de tissue (papéis de higiene pessoal), cujo consumo cresce de forma expressiva, graças ao aumento da renda per capita e da urbanização em vários mercados emergentes.
Plantio – Para garantir o fornecimento de madeira à fábrica, foram plantados aproximadamente 50 mil hectares de eucalipto em 2014, com distância média de até 110 quilômetros da unidade industrial. No final do ano, a empresa possuía mais de 200 mil hectares de florestas próprias plantadas.
A empresa também apostou em tecnologia e inovação. Hoje, praticamente 100% do plantio e da colheita são feitos de forma mecanizada. Além disso, a empresa também foi pioneira ao usar nas florestas veículos aéreos não tripulados (VANT), popularmente conhecidos como drones, e inteligência artificial.
Com tudo isso, a companhia elevou sua capacidade de produção para 1,7 milhão de toneladas por ano, 13% acima da capacidade inicial do projeto.
Energia – Autossuficiente em energia, gerada a partir de biomassa, a Eldorado produziu 1.272.848 MW de energia em 2014. Além de abastecer as próprias necessidades, a empresa vendeu o excedente para parceiros industriais localizados na unidade de Três Lagoas e para o mercado livre de energia, gerando receita adicional de R$ 90 milhões no ano.
“No ano passado, demos mais um passo importante na gestão de logística integrada ao iniciar a construção de um terminal próprio no porto de Santos, que vai trazer mais eficiência para a Eldorado”, explica Grubisich. A companhia estima que a operação do terminal, que está prevista para começar no segundo trimestre deste ano, deverá gerar redução de custos anual de cerca de R$ 80 milhões.
Para 2015, a Eldorado pretende expandir investimentos. “Além do porto próprio e das melhorias constantes em nossos processos, como inovações tecnológicas aplicadas ao setor, a partir do segundo semestre deste ano encerraremos as operações de colheita e compra de madeira proveniente do estado de São Paulo”, garante Grubisich.
“Intensificaremos a colheita de eucalipto de florestas próprias no Mato Grosso do Sul. Estas rupturas de competitividade contribuirão para perspectivas ainda melhores em 2015”, finaliza o presidente.
Empresa – A Eldorado Brasil, que pertence ao Grupo J&F, em dois anos de operação se tornou uma das principais produtoras mundiais de celulose branqueada de eucalipto, com matéria prima proveniente de florestas plantadas e certificadas.
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