

Apesar das especulações do mercado de que a CMPC Celulose Riograndense era a empresa mais cotada para comprar os ativos florestais da Stora Enso no Rio Grande do Sul, a companhia nega o interesse nas reservas de eucalipto – que somariam 20 mil hectares – espalhadas pelo Interior do Estado. O presidente da Celulose Riograndese, Walter Lídio Nunes, garantiu que a companhia não tem interesse em expandir a área plantada pois já conta com uma base florestal formada. “Recentemente, adquirimos o direito de superfície da área pertencente à Losango, perto da nossa planta em Guaíba. Temos o suficiente para a produção prevista”, garante.
A empresa brasileira de capital chileno nega que já tenha sido procurada pela Stora Enso ou feito algum tipo de oferta pela área. Além disso, Nunes lembrou que, mesmo se quisesse, a Celulose Riograndense não teria potencial para adquirir novas terras devido à legislação que prevê um limite máximo da quantidade de terras adquiridas por empresas de capital estrangeiro. A Instrução Normativa nº 76, do Incra, limita a aquisição de terras por pessoas físicas e jurídicas estrangeiras e trata dos imóveis rurais situados em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional.
A Stora Enso também nega que as notícias amplamente veiculadas sejam verdadeiras. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa alega: “Quanto às plantações no Rio Grande do Sul, não há decisão tomada sobre sua destinação, apenas rumores de mercado que a empresa não comenta”.
A Stora Enso tinha planos de implantação de uma unidade fabril no Estado, porém, devido às restrições governamentais, acabou por abandonar o projeto. A opção foi investir nos negócios no país vizinho, Uruguai, ainda em fase de implantação. A nova fábrica deve ser inaugurada nos primeiros meses de 2014, e a expectativa é de que sua produção atinja a marca de 1 milhão de toneladas no ano que vem. A inauguração estava prevista para o terceiro trimestre de 2013, mas foi adiada por conta de greves e questões trabalhistas. A empresa afirma que a fábrica está mais de 90% concluída.
Fonte: JornaldoComercio.com